Teste seus conhecimentos sobre termos e situações racistas que podem aparecer em sala de aula e como lidar com elas para garantir uma educação antirracista
Por Stephanie Kim Abe
Mais um mês de novembro se acaba e, com ele, se acabam os projetos relacionados à diversidade e à cultura e história africana e afrobrasileira em muitas escolas. Eles acontecem em novembro por causa do dia 20, em que se comemora o Dia da Consciência Negra, e como uma maneira de garantir o cumprimento da Lei 10.639/2003, que institui o ensino de cultura e história afrobrasileira e africana no currículo da educação básica de todo o país.
Acontece que cumprir efetivamente a Lei 10.639 vai muito além de projetos pontuais que acontecem neste mês. O objetivo é garantir uma educação de fato antirracista, ou seja, que combata o racismo estrutural presente na sociedade brasileira e que se manifesta de diferentes formas – muitas vezes, inclusive, de forma sutil. Mas essa é uma tarefa para os 365 dias do ano.
Não é só impedir que um estudante seja agredido por ser negro, ou garantir que o material didático traga diversidade de imagens e outras representações, e combata estereótipos. É se manifestar diante desses casos, em vez de silenciar, é apoiar e garantir condições para quem realiza ações e propõe ideias voltadas para a temática, é se aliar na luta por equidade racial.
Enquanto a questão negra não for assumida pela sociedade brasileira como um todo: negros, brancos e nós todos juntos refletirmos, avaliarmos, desenvolvermos uma práxis de conscientização da questão da discriminação racial neste país, vai ser muito difícil no Brasil, chegar ao ponto de efetivamente ser uma democracia racial.”
Lélia Gonzalez, intelectual, autora, política e professora brasileira
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