Quais os seus votos para a Educação em 2024?
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- Débora souza de britto

Quais os seus votos para a Educação em 2024?

Por Stephanie Kim Abe

Retrospectiva e expectativas. Estas costumam ser as duas principais marcas desse período de fim de ano. Enquanto pensamos em tudo o que passou no ano que está acabando, também nos voltamos para o que queremos do ano que vem a seguir. 

Não à toa, a retrospectiva costuma alimentar as expectativas. Se focarmos na Educação, esse movimento fica mais evidente. Afinal, o que desejamos para a Educação brasileira costumam ser avanços e foco em áreas que ora não foram tratadas ou não tiveram o progresso que gostaríamos.

Os desejos de Beatriz Cortese, diretora executiva do Cenpec, para a Educação brasileira em 2024 evidenciam bem isso:

Para 2024, espero que avancemos em importantes pautas educacionais. Por exemplo, que as discussões do Plano Nacional de Educação (PNE) sejam produtivas e que o Novo Ensino Médio seja aprovado com cuidado e cautela – sempre com o horizonte em uma educação mais equitativa e mais antirracista. Também espero que o programa de Educação Integral tenha condições de implementação em vários municípios – nesse sentido, estamos aqui para contribuir com nossa expertise para quem precisar”. 

Os temas para os quais ela olha foram muito debatidos em 2023, mas ainda há muito o que caminhar para garantir que as políticas públicas citadas sejam aprovadas, planejadas e/ou implementadas de forma a, de fato, garantir uma educação pública gratuita de qualidade com equidade para todas e todos.

Com a palavra, a comunidade escolar

Ela não é a única que almeja essas conquistas. O Portal Cenpec perguntou a diferentes atores da comunidade escolar sobre o que desejam para a educação brasileira em 2024. Veja, a seguir, as respostas dadas:

O que eu gostaria que melhorasse na escola no ano que vem é que tivesse sala de ciências, sala de artes – pra gente desenhar com tintas em tela –, e mais passeios. Na Educação, gostaria que os professores tivessem mais paciência para tirar as nossas dúvidas e que alguns professores soubessem explicar melhor a matéria. Também espero que a gente melhore na questão do preconceito e do racismo, que ainda existem na escola. Temos que alertar mais os alunos, ter mais palestras falando sobre isso”. 
Júlia Martins Gomes, estudante do 7º ano do ensino fundamental da rede estadual de São Paulo
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Em 2024, eu desejo que a educação alcance níveis elevados de qualidade e de desenvolvimento humano integral por meio de ações pautadas na ciência, na democracia, na participação, na ética, no compromisso, na proatividade. Educação pautada nos valores humanos e no desenvolvimento de capacidades, habilidades, conhecimentos e competências essenciais para formação de um cidadão crítico, criativo, autônomo, participativo e atuante na sociedade”.
Nêuda Batista Mendes França, pedagoga, especialista em Mídias educacionais e em Neuroeducação, mestra em Ciências da Religião, doutora em Educação e diretora da Escola Municipal Dona Quininha em Barro Alto, em Goiás
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Meu desejo para a Educação em 2024 é que seja um ambiente leve, saudável e com muitos aprendizados. Que por meio da internet possamos ter estudos mais profundos, que possam ajudar mais no ensino. Minha expectativa para o Ensino Médio é alta, porque eu quero que seja um ambiente legal, leve e respeitoso, com muitos aprendizados – e que também possa ter um pouco de diversão”. 
Nathalia Lima Orlando, estudante do 9º ano do ensino fundamental da rede estadual de São Paulo
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Bom, como indígena, eu espero de coração que as coisas melhorem, não só para o meu povo Guarani, mas sim para todos os povos. Mas sinto que 2024 começaremos com grandes vitórias, e eu não poderia estar mais feliz com isso! Primeiro, falando especificamente daqui dos indígenas do pico do Jaraguá em São Paulo, em 2023 enfim assinaram as papeladas da construção da nossa escola – uma luta nossa de mais de 10 anos para que isso ocorra. Ou seja, em 2024 espero que realmente construam nossa escola. A nível nacional, este ano tivemos uma grande vitória com relação à licenciatura indígena, que finalmente vai começar em 2024. Como eu consegui uma vaga, ano que vem estarei começando a minha formação. Este é outro motivo para a minha esperança no ano que vem.”
Marilene Mendonça Bolgarim, professora indígena na escola estadual da Tekoa Ytu-Jaraguã, na cidade de São Paulo, em São Paulo
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Para 2024, desejo que a educação seja inclusiva, integral e preocupada com a justiça ambiental. Isso significa que todas as crianças, independentemente de sua origem, condições socioeconômicas, etnia, raça, gênero ou deficiência, tenham acesso a uma educação de qualidade que as prepare para o futuro. Além disso, a educação deve promover o desenvolvimento integral dos indivíduos, capacitando-os para o exercício da cidadania, para a tomada de decisões conscientes e para a construção de um mundo mais justo e sustentável”.
Fabíola Pereira Cordón, bióloga, psicopedagoga, professora do ensino fundamental II e coordenadora da área de Ciências na Secretaria de Educação de Valinhos, em São Paulo
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O que eu espero das escolas no próximo ano é que voltem ao normal no ensino médio antigo e que o incentivo ao protagonismo dos jovens nas escolas continue, tal qual acontece nas escolas integrais. Tem ocorrido muitas reclamações sobre esse ensino médio novo, e o que era para ser funcional na prática não está sendo, principalmente na parte das eletivas. Espero também que as escolas foquem mais nos estudos para nos dar rumo para os vestibulares, porque às vezes o modo que a escola ensina não nos prepara tanto para os vestibulares. Aí, quando você chega no local para fazer a prova, o que você estudou não tem muito a ver com o que está caindo nos exames.” 
Cauã Souza Fernandes, estudante do 3º ano do ensino médio da rede estadual de São Paulo
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✏️

E você, o que deseja para a Educação brasileira em 2024?

Aproveite para deixar, no quadro abaixo, os seus votos para educação no ano que vem!

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