Iniciam os preparativos para o primeiro encontro de formação do programa, que este ano abre espaço para a inscrição de gestores(as) escolares e traz novas ideias para apoiar os municípios
Na segunda-feira que vem, dia 5.4, ocorre o primeiro encontro com os municípios que aderiram ao Programa Apoio Pedagógico Complementar. Até o momento, onze municípios do Baixo Paraíba estão nessa lista: Gurinhém, Ingá, Itabaiana, Mogeiro, Pilar, São José dos Ramos, São Miguel de Taipu, Sobrado, Caldas Brandão, Juripiranga e Sapé.
O total de inscritos para essa primeira formação é de cerca de 80 pessoas, entre técnicos(as) das secretarias municipais de educação e gestores(as) escolares. A inclusão de gestores(as) – que compõem a maioria desses inscritos – é a grande novidade deste ano, em relação ao ano passado.
Érica Maria Toledo Catalani, coordenadora do Programa Apoio Pedagógico Complementar, comenta essa importante mudança:
Foto: arquivo pessoal
Em 2020, nós trabalhamos com 17 pessoas, todas das equipes técnicas. A ideia era que elas fizessem esse trabalho de formação, promovendo o desencadeamento das ações com gestores e professores. Este ano, conseguimos ampliar o público-alvo, trabalhando diretamente com os gestores. Eles ainda terão que realizar as formações para os professores, para que as ações de apoio pedagógico no contraturno (objetivo do programa) cheguem aos alunos e aos familiares.”
Érica Catalani
Mais atenção ao Plano de Ação e Monitoramento
O Apoio Pedagógico Complementar (APC), uma tecnologia que se insere no âmbito do Programa Melhoria da Educação, do Itaú Social, tem como objetivo apoiar as secretarias de Educação dos municípios do Consórcio Intermunicipal de Gestão Pública Integrada nos Municípios do Baixo Paraíba (Cogiva) a enfrentar os desafios de aprendizagem nos anos iniciais do ensino fundamental. O objetivo é atuar preventivamente para reduzir taxas de reprovação, abandono escolar e distorção idade-série, e garantir o direito de educação de qualidade com equidade.
É nesse documento orientador que serão registradas as ações e intenções planejadas e necessárias para implementar o programa nos diferentes âmbitos: da Secretaria, no caso do plano de ação desenvolvido pela equipe técnica; ou da escola, no caso dos(as) gestores(as). Em formato de planilha, o plano de ação contempla as três etapas do programa: início, desenvolvimento e finalização.
Nessa primeira etapa, estão as ações de levantamento e diagnóstico, no sentido de verificar o que já existe e o que será necessário implementar para a realização do programa, referente a insumos, orientações, guias, reuniões etc. Quantas crianças precisam ser atendidas, quais as condições do município para o atendimento, quais estratégias podem ser utilizadas no contexto da pandemia são algumas das questões que fazem parte dessa mobilização inicial.
No desenvolvimento, o foco é a formação de professores(as) e como eles(as) vão atender os(as) alunos(as). Aqui entram ações acerca de qual proposta pedagógica é mais adequada para o atendimento desses(as) alunos(as) e que conteúdos essenciais são esses para garantir continuidade e sequenciamento da aprendizagem.
Por fim, vêm as ações de avaliação do programa, de forma a verificar quantos alunos foram atendidos e como foi esse processo.
A ideia de focar no plano de ação surgiu da avaliação do Programa do ano passado, como explica Érica:
Em 2020, trocamos muitas ideias com os participantes, conversando e verificando as ações, e deixamos o plano para ser feito a distância. Vimos que eles tiveram grandes dificuldades, mesmo com os formulários e templates que disponibilizamos. Para algumas equipes foi um desafio extrapolar para além das sugestões apresentadas. Este ano, resolvemos trazer essa tarefa como uma oficina, para subsidiar melhor a construção desse plano.”
Érica Catalani
Para trabalhar o tema em duas horas de encontro virtual, a equipe pretende dividir os participantes em subgrupos para que possam analisar um plano de ação modelo e discutir entre os pares sobre as possíveis e necessárias adaptações para cada realidade municipal.
Outro desafio da formação deste ano será conciliar atividades que contemplem tanto os municípios que já participavam do APC ano passado, como os novos inscritos. Ainda que a equipe técnica participante seja diferente, é preciso garantir que não haja repetições.
Mogeiro e Pilar foram dois municípios muito atuantes, que estiveram conosco no ano passado. Assim, não podemos fazer uma formação que seja mais do mesmo. Precisamos colocar algo desafiador para essas equipes também. Ao trabalharmos a mesma temática do plano de ação, por exemplo – que é um aspecto fundamental do programa – estamos trazendo uma abordagem diferente, para que se torne algo inédito para todos.”
Érica Catalani
Além disso, a equipe do projeto precisa olhar para as incertezas que cercam o planejamento devido à situação da pandemia no país. O desenho deste ano, com a inclusão dos(as) gestores(as) no público atendido, pretende ampliar a formação de professores(as), de forma a ter mais resultados positivos para efetivar o trabalho com os(as) estudantes.
Informação e formação pelo direito à educação Para apoiar educadores(as), gestores(as) e redes de ensino neste momento complexo, sistematizamos nossas produções sobre essa temática desde o início da pandemia no Brasil. Confira #EducacaoNaPandemia
Em um cenário em que as escolas se mantêm fechadas e as atividades pedagógicas devem seguir remotas, a equipe do projeto espera propor novas ideias que atendam melhor esses(as) alunos(as) que precisam de atenção de forma mais eficiente. Uma dessas propostas é o atendimento por telefone, já que o acesso à internet nos municípios da região é precário – tanto que os(as) professores(as) dos anos iniciais do ensino fundamental acabam trabalhando apenas com apostilas e materiais impressos.
A ideia desses atendimentos por telefone foi inspirada na experiência que tem sido realizada pela Comunidade Cenpec com estudantes de uma escola do Jardim Lapenna, na periferia da cidade de São Paulo. No projeto Letra Móvel, coordenado por Alice Junqueira, mediadoras têm encontros virtuais semanais com crianças do 1º ano do ensino fundamental, para estimulá-las no seu processo de letramento.
Nossa proposta é, de alguma forma, estimular, nesse primeiro encontro, o levantamento dessa possibilidade. Queremos verificar se há adesão e condições para realizar esse atendimento por telefone, nem que seja na forma de um projeto piloto. O fato de não ter acesso à internet pode resultar em não ter acesso ao telefone, possivelmente, mas queremos estimular que, no momento de escrever o plano de ação, os participantes reflitam sobre esse tipo de proposta e pensem livremente o que é possível fazer dentro das condições que cada município tem.”
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