Ancestrais do futuro: as juventudes periféricas sobre o olhar das juventudes periféricas

-

Ancestrais do futuro: as juventudes periféricas sobre o olhar das juventudes periféricas

Direito à cidade, memória e ancestralidade, atuação política, articulação em território e muito mais são temas tratados nos curtas produzidos por diferentes juventudes periféricas brasileiras nesta websérie

Por Stephanie Kim Abe

Nada mais potente e verdadeiro do que dar espaço e condições para que a própria juventude possa falar sobre aquilo que a afeta e aquilo que ela passa – sejam conquistas busca de justiça social. Cultura, religião, memória, preservação ambiental se conectam em narrativas que revelam diferentes territórios, suas lutas e conquistas, obstáculos, lutas, descobertas. 

É isso que faz a Fundação Tide Setubal ao produzir a websérie Ancestrais do Futuro. Para além de encontrar e selecionar coletivos audiovisual periféricos, a iniciativa realiza laboratórios com essas(es) jovens sobre temas técnicos, como roteiro e produção, som e fotografia, montagem, pós-produção, direção e distribuição. 

A websérie estreou em fevereiro de 2022 no canal Enfrente do YouTube, com cinco episódios produzidos por juventudes periféricas de Ceilândia (DF), São Gabriel da Cachoeira (AM), Belo Horizonte (MG), São Luís (MA) e Santa Maria (RS). 

No primeiro episódio, vemos jovens contarem sobre a sua relação com a política a partir de uma roda de conversa. Eles começam por questionar o quanto o sistema e as representações políticas atuais são efetivas e enveredam pelas diferentes atuações que podem ter no cotidiano que também são políticas.

➡️ Entenda por que é importante falar de política na escola

As produções versam sobre diferentes assuntos: justiça social, cultura, preservação ambiental, religião. 

No episódio SALve, que abre a segunda temporada da websérie, conta a história por traz dos projetos Casa de Sal e Cabrochas Brechó, da mãe Edna Dantas e filha Maria Gabrielly Dantas. Elas vivem na comunidade da Praia do Sossego, na Ilha de Itamaracá (PE), e lutam pelo descarte correto de resíduos e diferentes formas de consumo, enquanto lutam também pelo direito à moradia. 

Saiba mais sobre como a juventude periférica tem a ver com as mudanças climáticas 

A terceira temporada estreou em novembro, e os cinco episódios giram em torno da questão da memória e da ancestralidade. 

Veja o trailer da terceira temporada abaixo:

Da periferia de Londrina (PR), conhecemos a história de três gerações de mulheres negras: Maria Núbia, Maria Odara e Maria Aurora. Da periferia de Paulista (PE), descobrimos a importância de um campo de futebol para a comunidade e suas conquistas. Há ainda produções periféricas de Santarém e Belém (PA) e da Baixada Santista (SP).

➡️ Confira a importância de considerar as diferentes juventudes na construção do Novo Ensino Médio

📹

Veja também