Animações, curtas, documentários e filmes que trazem o tema da educação e o seu poder de transformação
Por Stephanie Kim Abe
Em 2019, o Portal CENPEC Educação elaborou uma lista com 10 filmes e animações que podem contribuir para se pensar questões fundamentais à educação pública no Brasil. São obras que falam sobre cultura digital, juventudes, diversidade cultural etc.
Resolvemos seguir a mesma linha, e indicar mais sete filmes para curtir nessas férias. São obras, algumas nacionais outras internacionais, que, além de entreterem, trazem boas reflexões sobre educação e o seu poder de transformação.
1. O menino que descobriu o vento
Drama. EUA, 2019, 113 min. Direção: Chiwetel Ejiofor.
O longa conta a história real de William Kamkwamba, baseado no livro homônimo que conta a vida deste menino do Malaui, no sudeste da África. Mesmo sem frequentar a escola, por falta de dinheiro, William (Maxwell Simba) recebe a ajuda do seu ex-professor para acessar os livros da biblioteca e construir uma turbina eólica que capta água do solo seco da região onde mora.
Trailer de O menino que descobriu o vento
Temas abordados: protagonismo juvenil, direito à educação, uso de tecnologia.
2. O Começo da Vida I e II
Documentário. Brasil, 2016, 97 min. Direção: Estela Renner. Documentário. Brasil, 2020, 92 min. Direção: Renata Terra.
A franquia O Começo da Vida trata da importância de um olhar atento ao desenvolvimento da criança. O primeiro filme, lançado em 2016, mostra como as descobertas da neurociência nos últimos anos revelam a influência que os primeiros anos de vida do bebê tem no desenvolvimento futuro da criança. Já o segundo filme, lançado este ano, centra-se na importância do contato com a natureza e o ambiente, e como a infância urbana tem perdido essa oportunidade.
As duas produções trazem entrevistas com especialistas e cidadãos comuns, de diferentes nações, além de celebridades – como a modelo brasileira Gisele Bundchen, a primatóloga britânica Jane Goodall e o economista americano James Heckman.
Temas abordados: criança e natureza, infância, meio ambiente.
3. Tudo que aprendemos juntos
Drama. Brasil, 2015, 102 min. Direção: Sérgio Machado. Melhor Prêmio do Público, na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo 2015.
O longa-metragem é inspirado na história do começo da Orquestra Sinfônica de Heliópolis, projeto do Instituto Baccarelli, e conta a história do músico Laerte (Lázaro Ramos), que vai dar aulas na favela de Heliópolis após perder uma vaga na Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) – a maior da América Latina. O professor vai descobrindo a potência da sua relação com os estudantes, e da música para transformar a vida de adolescentes que vivem em um território marcado por violência e pobreza.
Trailer de Tudo que aprendemos juntos
Temas abordados: arte, educação integral, juventudes, desigualdade social.
4. Território do Brincar
Documentário. Brasil, 2015, 90 min. Direção: David Reeks e Renata Meirelles.
Por dois anos, os documentaristas David Reeks e Renata Meirelles percorreram o Brasil, visitando comunidades rurais, indígenas, quilombolas, grandes metrópoles, sertão e litoral. Eles registraram os gestos, as histórias e as linguagens do brincar de meninos e meninas de todos esses territórios. Esse extenso trabalho de pesquisa resultou no programa Território do Brincar, do qual faz parte esse longa metragem e outras produções culturais (livros, séries infantis, artigos e exposições).
Trailer de Território do brincar
Temas abordados: brincadeiras, infância, criança e natureza, educação integral.
5. Que horas ela volta?
Drama. Brasil, 2015, 112 min. Direção: Anna Muylaert. Melhor Filme pelo Público, no Festival de Berlim 2015, e Melhor Atriz, no Festival de Sundance 2015, entre outros.
Regina Casé interpreta a pernambucana Val, que trabalha há 18 anos como babá na casa de uma família rica em São Paulo. Quando a filha Jéssica (Camila Márdila) vem para a capital paulista prestar vestibular, ela abala a dinâmica da família na casa, e passa a questionar os papéis sociais colocados.
Trailer de Que horas ela volta?
Temas abordados: desigualdade social, família, juventude.
6. Cordas
Animação. Espanha, 2014, 10 min. Direção: Pedro Solís García. Vencedor do Prêmio Goya 2014 na categoria “Melhor curta-metragem de animação”.
O curta-metragem conta a história da amizade entre Maria e seu novo colega de classe, Nícolas, que tem paralisia cerebral. A animação mostra como a amizade se desenvolve, e o quanto ela marca a história da menina. O enredo foi inspirado na relação dos filhos do próprio diretor, Pedro Solís García.
Confira a íntegra do curta-metragem Cordas
Temas abordados: inclusão, respeito.
7. A Educação Proibida
Documentário. Argentina, 2012, 145 min. Direção: Germain Doin.
A produção passou por oito países, documentando 45 experiências educativas não-convencionais, que buscam fugir da lógica da escolarização moderna. Foram realizadas mais de 90 entrevistas com educadores(as), acadêmicos(as), profissionais de educação e familiares, na tentativa de discutir e mostrar novas formas de educação, que garantam a liberdade, a escuta e a participação dos(as) alunos(as). O filme foi financiado coletivamente e tem licença livre.
Confira a íntegra do documentário A educação proibida
Temas abordados: juventude, respeito, educação integral, educação não-formal, direito à educação.
Videocamp: plataforma de exibição gratuita com filmes de impacto
Alguns dos filmes listados estão disponíveis na plataforma Videocamp, que reúne obras audiovisuais nacionais e internacionais com potencial de impacto sobre diferentes temáticas.
Os filmes do catálogo podem ser exibidos por qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, de forma gratuita, em exibições que reúnam no mínimo cinco pessoas – uma tentativa de democratizar o acesso à cultura e a à informação.
A plataforma também disponibiliza material e guia de apoio, e há um perfil específico para educadores e educadoras, para estimular que organizem exibições públicas gratuitas e as incluam em suas atividades pedagógicas.
Durante a pandemia, alguns parceiros disponibilizaram os filmes para serem assistidos no Videocamp sem necessidade de exibição pública (já que aglomerações devem ser evitadas).
O Portal Cenpec usa cookies para salvar seu histórico de navegação. Ao continuar navegando em nosso ambiente, você aceita o armazenamento desses cookies em seu dispositivo. Os dados coletados nos ajudam a analisar o uso do Portal, aprimorar sua navegação no ambiente e aperfeiçoar nossos esforços de comunicação.
Para mais informações, consulte a Política de privacidade no site.
Quando visita um website, este pode armazenar ou recolher informações no seu navegador, principalmente na forma de cookies. Essas informações podem ser sobre você, suas preferências ou sobre seu dispositivo, e são utilizadas principalmente para o website funcionar conforme esperado.
A(O) usuária(o) também pode definir os cookies pelo navegador, veja passo a passo.
Any cookies that may not be particularly necessary for the website to function and is used specifically to collect user personal data via analytics, ads, other embedded contents are termed as non-necessary cookies. It is mandatory to procure user consent prior to running these cookies on your website.