Mulheres no futebol: curiosidades sobre a Copa do Mundo feminina

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Mulheres no futebol: curiosidades sobre a Copa do Mundo feminina

Para valorizar as meninas e mulheres que jogam bola, conheça mais sobre a difícil história do futebol feminino no Brasil e teste os seus conhecimentos sobre a Copa do Mundo feminina

Por Stephanie Kim Abe

A cada nova edição, a Copa do Mundo feminina vai ficando maior – e o mundo vai começando a dar a devida atenção que essas jogadoras merecem. Em 2023, serão 32 seleções participando do mundial, que começou ontem (dia 20/07) na Nova Zelândia. A Austrália também é sede da Copa nesta edição e, ao longo deste um mês, a expectativa é que o evento alcance 2 bilhões de espectadoras(es) no mundo todo. 

Mas ainda falta muito para chegarmos à igualdade de gênero de fato no campo

Foi somente no ano passado, por exemplo, que a seleção feminina dos Estados Unidos conseguiu, depois de um longo processo judiciário contra a federação norte-americana de futebol, garantir paridade salarial em relação à seleção masculina. Mesmo sendo mais vitoriosas e famosas que a equipe masculina, as premiações oferecidas pela federação nos torneios ou jogos disputados pelas jogadoras era menor.

A nossa grande estrela Marta,  ganhadora da Bola de Ouro da FIFA seis vezes, participou dos últimos dois grandes eventos mundiais (Copa do Mundo 2019 e Olimpíadas de Tóquio 2021) sem o patrocínio pessoal de uma grande marca esportiva, como geralmente ocorre com as(os) grandes esportistas, como protesto por equidade de gênero no futebol. A expectativa é que ela siga com a chuteira preta com marca da campanha #GoEqual nesta edição da Copa também. 

Esse tratamento desigual ocorre por diversos motivos. No esporte de alto rendimento, um salário menor ou uma proposta menos valiosa de um patrocinador está muitas vezes relacionado não ao talento da jogadora, mas à visibilidade que ela tem na mídia. Assim, é importante que cada vez mais partidas de futebol feminino sejam transmitidas, via streaming ou canais abertos, para que mais espectadoras(es) possam apoiar os times femininos. 

Mas há mudanças mais profundas que podemos fazer, como garantir que meninas sejam incentivadas desde pequenas a praticarem os esportes que tenham interesse, e não limitadas por uma percepção equivocada de que, por exemplo, futebol é coisa para meninos apenas. Por isso é importante trabalhar as questões de gênero na escola, como oficinas que problematizem esses estereótipos e normativas. 

Também vale se interessar mais pelo futebol feminino, e saber mais sobre a sua história e suas jogadoras. Se hoje temos Marta como rainha, nos anos 90 a camisa 10 era gloriosamente vestida pela Sissi, a imperatriz, uma das pioneiras do futebol brasileiro. A volante Formiga é a única jogadora de futebol, independentemente do gênero, a ter participado de 7 Copas do Mundo. Ela participou de sua última Copa em 2019, aos 41 anos – se tornando a jogadora mais velha a participar do evento. 

Que tal aprender mais sobre o futebol feminino brincando? Preparamos o teste abaixo para você ficar por dentro do universo das mulheres que jogam bola.

Saiba mais sobre as afirmações do teste aqui:

Teste também os seus conhecimentos sobre a Copa do Mundo 2022


🎧 Audioguia Mulheres do Futebol: Museu do Futebol

Narrado pela cantora e compositora Leci Brandão, este podcast traz histórias de 100 anos da participação feminina no esporte mais popular do Brasil.


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