Como estimular a participação política e o pensamento crítico entre crianças e adolescentes?
Política tem tudo a ver com a forma como organizamos nossa vida em sociedade e, por isso, é lugar de criança e adolescente sim; veja dicas de organizações da sociedade civil sobre a temática
O senso comum tende a associar política apenas com período eleitoral, atuação partidária e distribuição de verbas e cargos públicos — aspectos, claro, que não deixam de ser importantes. Entretanto, a política é um campo que atravessa toda a vida social e que pode se apresentar também como algo muito próximo e palpável. Ela está, por exemplo, nas trocas e decisões em comunidade, na participação em organizações do território, na forma como agimos e interagimos nas redes sociais, na atuação em diferentes tipos de coletivos.
Política tem tudo a ver com a forma como organizamos nossa vida em sociedade, com os projetos que criamos para o futuro e os caminhos que estamos trilhando em direção (ou não) a esses objetivos. Tem a ver, também, com pensamento crítico, já que a qualidade das nossas decisões, sejam elas individuais ou coletivas, depende de uma boa leitura do mundo em que vivemos e das informações a que temos acesso.
Por isso, é preciso inspirar crianças e adolescentes a pensar de forma crítica e entender que a política é um lugar que eles e elas também podem e devem ocupar sim!
Nesse sentido, o Programa Itaú Social UNICEF conversou com Organizações da Sociedade Civil (OSCs) que realizam ações nesse sentido e compartilhou algumas dicas sobre como atuam. O Programa — parceria entre Itaú Social, Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Cenpec — busca formar e fomentar OSCs que promovam a educação integral e inclusiva de crianças e adolescentes para o aprimoramento de suas práticas e o alcance de resultados de qualidade.
ASAP: visitas a espaços públicos, encontros formativos e arte (foto: asapto.org.br)
No estado do Tocantins, a Ação Social Arquidiocesana de Palmas (ASAP) promove visitas de crianças e adolescentes a espaços como a Assembleia Legislativa e o Ministério Público. Amilson Rodrigues, presidente da ASAP, explica que:
“As políticas públicas atingem toda a sociedade. Precisamos trabalhar para empoderar os(as) mais jovens, de forma que eles e elas possam atuar sobre a realidade junto aos poderes constituídos, para que as críticas sejam de fato construtivas e apontem para caminhos viáveis”.
A Associação Bem Faz Bem (ABFB), que atua em Campos dos Goytacazes (RJ), realiza um programa de oficinas no contraturno escolar para crianças e adolescentes que é um convite ao pensar e à reflexão sobre situações do cotidiano.
Aline Monteiro e Francielli Rangel, professoras das oficinas, contam que os temas partem de interesses das(os) alunas(os). “Já falamos sobre intolerância racial, religiosa, social. Também conversamos sobre o uso de redes sociais”, relata Aline.
Associação Bem Faz Bem: oficinas em contraturno para estimular o pensar e a criticidade (foto: arquivo ABFB)
A partir de um relato envolvendo bullying, por exemplo, é possível conversar sobre respeito, tolerância e diversidade — e sobre como nossas vivências e nossos afetos não são apenas individuais, mas dialogam com questões coletivas.
O ponto fundamental, afirma o presidente da Associação, Erivelton Almeida, é abordar os temas propostos com respeito, abertura e um olhar mais crítico. “Quando falamos em política, logo pensamos em política partidária, mas todos esses assuntos e atividades são um meio para a educação integral e fazem parte também de uma formação política”.
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