Material de apoio à recomposição das aprendizagens

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Material de apoio à recomposição das aprendizagens

Material gratuito e aberto deve ter um total de 132 fichas de recomposição de Matemática e Português abrangendo todo o ensino fundamental

Por Stephanie Kim Abe

Um dos grandes desafios das professoras e dos professores na retomada das aulas presenciais pós-pandemia tem sido encontrar materiais que ajudem a pensar e desenvolver atividades para a recomposição das aprendizagens. 

Foi pensando nisso que o Movimento pela Base, em parceria com Nova Escola e Instituto Reúna, lançaram, em outubro, o Material de apoio ao professor para recomposição das aprendizagens dos estudantes, com sugestões de atividades que as(os) docentes podem trabalhar em sala de aula

Atualmente, o material é composto por fichas de recomposição de aprendizagem de Português (do 6o ao 9o ano) e de Matemática (do 1o ao 5o ano). Mas a expectativa é que contemple Língua Portuguesa e Matemática de todos os anos do ensino fundamental – ao final deste mês de novembro. Ao todo, serão 132 fichas, sendo que elas devem também ser disponibilizadas de forma desagregada para que possam circular mais livremente entre todos e todas.

Acesse o material na íntegra

Apoio ao planejamento da recomposição

João Paulo Cêpa, gerente de Articulação e Advocacy do Movimento pela Base, explica:

Foto: reprodução

Esse material foi construído justamente para apoiar e facilitar o acesso a conteúdos que já focam as habilidades prioritárias para recomposição. Ele tá muito conectado: primeiro, com esse desafio das(os) professoras(es) de ter acesso a materiais que apoiam o planejamento para a recomposição; segundo, com uma necessidade das secretarias de educação por referências para pensar esse processo. Ele também é uma ferramenta importante de reflexão sobre o próprio referencial curricular.”

João Paulo Cêpa

Esse material não deve ser usado de forma automática e mecânica, alerta João. “Justamente por isso, não chamamos de material didático, mas de material de apoio ao planejamento. A ideia é que docentes e escolas se apropriem e reflitam sobre como ele pode apoiar o trabalho na sala de aula com base na realidade de cada estudante, escola e território. Queremos que esse material seja incorporado às formações de professoras(es) e à política de maneira mais ampla.”

Para o gerente, a recomposição de aprendizagens deve continuar ano que vem e nos próximos anos, já que é um processo de médio e longo prazo, mas agora apoiado pelos dados e lições deste ano:

Com os dados das avaliações diagnósticas e do próprio Saeb, nós conseguimos ter uma dimensão real da lacuna de aprendizagem que temos, algo que não havia em 2021. Hoje, conseguimos definir que a alfabetização é um dos focos prioritários da recomposição – e não só das crianças do primeiro a terceiro ano, mas daquelas que passaram pelos últimos anos do ensino fundamental I e não tiveram a oportunidade de serem plenamente alfabetizadas. Então, somados os aprendizados de 2021 e 2022, podemos agora ter uma visão concreta de qual deve ser o foco da formação docente, da produção de material e até do apoio técnico e financeiro que as redes precisam.”

João Paulo Cêpa

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