Cultne.TV: conheça o canal de televisão brasileiro gratuito dedicado à cultura negra
Plataforma de streaming é aberta e disponibiliza mais de 3,3 mil títulos relacionados à cultura e à história negra; saiba mais
Por Stephanie Kim Abe
A lei que tipifica como crime de racismo a injúria racial (Lei 14.532, de 2023), com aumento de dois a cinco anos de reclusão, foi publicada ontem no Diário Oficial da União, tendo sido sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos primeiros dias de governo.
Ela mostra como temos tido avanços nos últimos anos na questão do combate ao racismo estrutural – ainda que estejamos longe das condições de igualdade e equidade social que almejamos.
A Lei 10.639/03, que completou 20 anos, na segunda-feira (09/01), também é uma prova de como a legislação é importante para que possamos avançar na garantia dos direitos de todos e todas e reparar historicamente aquelas(es) que sofrem violências diariamente.
A produção de materiais e de informações acerca da história do povo negro, antes relegada, esquecida ou distorcida, tem aumentado recentemente, o que vem contribuir para essa luta. Uma prova disso é a criação da plataforma de streaming da Cultne – o primeiro canal da televisão brasileira 100% dedicado à cultura negra.
São mais de 3,3 mil títulos disponíveis de forma aberta e gratuita, que abrange diversas áreas, como entretenimento, música, esporte, educação, religião, saúde, movimentos sociais etc.
Mas todos esses registros não são novos – muito pelo contrário. Dom Filó, engenheiro e coordenador executivo da Cultne, explicou essa origem em entrevista à EBC:
Até pouco tempo, a gente não tinha uma história negra registrada. (…) A minha geração, juntamente com outros visionários, começou a registrar com câmeras VHS imagens nos anos 80 do movimento negro. Isso foi formando o acervo que hoje está disponível na internet”.
Dom Filó
Além da programação televisiva, há produções próprias e de terceiros, e acervo. A websérie Coleção Antirracista, que discute a questão racial brasileira com depoimentos de intelectuais negros e negras, é uma produção recente que se encontra na plataforma.
Entre os registros históricos, estão eleições de candidatos negros, a passagem de Nelson Mandela no Brasil ou a de Michael Jackson por Salvador, as marchas do movimento negro, documentários sobre personalidades negras etc.
Dom Filó resgata a importância de dar visibilidade e consumir essas produções históricas e da memória da comunidade negra:
Eu não tinha referência nenhuma histórica. Eu aprendi de acordo com livros como Casa Grande e Senzala que o negro era escravo. Não. O Negro era livre na África e veio para cá escravizado. Hoje a gente sabe isso”.
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