Entre o final de novembro e os primeiros dias de dezembro/2019, o CENPEC Educação participou de debates e eventos, na proposta de continuar uma das referências na área da educação pública e incidir no debate nacional sobre o tema.
Educação integral em debate
A educação integral foi o assunto de uma reportagem assinada pela repórter Regiane Soares para o jornal Agora São Paulo.
O texto discutiu decreto publicado em 19/11 pela Prefeitura de São Paulo que institui ações integradas entre o Programa de Educação Integral do município e os CCAs (Centro para Crianças e Adolescentes), que atendem quem está em vulnerabilidade social.
A decisão tem como objetivo, segundo a reportagem, ampliar a
estatística de estudantes em tempo integral na cidade.
A Secretaria Municipal de Educação confirmou, por meio de nota, que os alunos da rede municipal matriculados nos CCAs serão ‘classificados’ como estudantes de ensino integral. A meta, diz a pasta, é sair dos atuais 17,8 mil alunos hoje no programa São Paulo Integral para 28,7 mil, em 2020. Segundo a secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Berenice Maria Giannella (…), o que muda com o decreto é que os CCAs vão oferecer atividades pedagógicas a partir de 2020. Porém, essas atividades ainda serão definidas por uma comissão formada por funcionários das secretarias municipais de Educação e de Assistência Social.”
Regiane Soares, para o jornal Agora São Paulo
A reportagem conta a com a participação de Anna Helena Altenfelder, presidente do Conselho de Administração do CENPEC Educação, que alertou que o ensino integral não é apenas o tempo que o aluno fica na escola, mas também o projeto pedagógico com atividades para desenvolver as áreas cognitiva, social e cultural dos estudantes.
A articulação de políticas públicas pode ser interessante, mas é necessário ter um currículo e acompanhar os alunos. Se não houver integração, não é educação integral.”
Anna Helena Altenfelder também esteve presente em dois eventos locais sobre educação em São Paulo, de importância estratégica.
No dia 29/11, participou do III Encontro Regional de Educação do Vale do Paraíba e Serra da Mantiqueira, com o tema “Gestão escolar, territórios educativos e novos ecossistemas de aprendizagem”, promovido pelo Instituto Educação, Cultura e Gestão (Inec) na cidade de Santo Antônio do Pinhal (SP), entre 9h e 18h.
Com a participação de representantes de educação de diferentes regiões do estado de São Paulo, o evento trouxe especialistas que debateram relações entre espaços e processos educativos e experiências inovadoras de gestão.
No dia 6/12, foi a vez de Anna Helena participar do evento “Diálogos com CNE”, promovido pelo movimento Todos pela Educação para convidados no auditório da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), na capital paulista, das 9h às 17h.
Constando de três painéis e de uma palestra com Luiz Roberto Liza Curi, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), o evento debateu o papel do CNE na educação brasileira no século XXI e os desafios e perspectivas para a educação básica e superior no contexto atual.
Nomes como Jânio Macedo, secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC); Frederico Amâncio, secretário de Educação de Pernambuco; e a deputada Dorinha Seabra (DEM-TO), presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, também marcaram presença.
Organizações da sociedade civil
Ainda no dia 6, Alexandre Isaac, assessor de Relações Institucionais, representou o CENPEC Educação no Encontro de Associadas da Associação Brasileira de Organizações não Governamentais (Abong) de São Paulo, no qual atuou como coordenador.
Na pauta do encontro, realizado na sede da Ação Educativa, também na capital, o planejamento da Abong São Paulo para 2020, ações coletivas para a nova diretoria local e debate com Érica Malunguinho, Carmem Silva e Aguinaldo Lima.
Alfabetização e resultados do PISA
As políticas públicas de educação e os resultados do PISA contaram com a análise de duas especialistas do CENPEC Educação.
Na Rede Alesp, da Assembleia Legislativa de São Paulo, o programa Em Discussão Especial recebeu Italo Curcio, coordenador do curso de pedagogia da Universidade Presbiteriana Mackenzie; e Maria Alice Junqueira, coordenadora de projetos de alfabetização do CENPEC Educação, para debater sobre o meta anunciada pelo governo federal de erradicar o analfabetismo até 2024. Assista ao vídeo.
O texto de Litza Mattos, publicado em 4/12, destaca a leve melhora na nota dos estudantes de 15 anos, mas também a permanência do País nas últimas colocações do ranking de leitura, matemática e ciência.
Outro dado é a desigualdade entre ricos e pobres e um gasto anual reduzido por aluno (cerca de R$ 126 mil) no Brasil, atrás do investimento de países como Malásia e dos vizinhos Uruguai e Chile.
O mais preocupante é que as médias nas três áreas estão bastante abaixo da média de outros países na América do Sul. Do ponto de vista do porcentual do PIB, o Brasil investe pouco mais de 4% em educação e, pelo Plano Nacional de Educação (…), deveria estar em 7% neste ano, e até 10% em 2024. Mas ainda estamos muito distantes.”
Maria Amabile Mansutti
Para Mansutti, o governo federal tem-se mobilizado pouco para lidar com os desafios da educação pública: “Em 10 anos, não tivemos ações concretas para reverter os resultados do PISA, e eles (resultados) pouco têm contribuído para mudar as condutas dos governos nas esferas federal, estadual e municipal no enfrentamento desses gargalos”.
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