Interação entre jovens de lugares diferentes da cidade.
Materiais
Máquina fotográfica ou celular com câmera.
Computador com acesso à internet.
Mapas ou guias da cidade.
Finalidade
Apreender as características próprias de seu lugar e identificar semelhanças e diferenças com outros lugares da cidade.
Expectativa
Apurar a observação do que é familiar e diversificar as formas de registrar as observações.
Público
Adolescentes e jovens
Espaço
Sala de atividades, informática, telecentro e território
Duração
3 encontros de 1h30 cada
Início de conversa
Os territórios da cidade e os equipamentos públicos são direito de todos os cidadãos, podendo e devendo ser apropriados por todos.
Em relação à educação e proteção social das novas gerações, essa apropriação é fundamental para o pertencimento e para o usufruto das possibilidades que a cidade oferece.
O mapeamento dos espaços sociais e culturais de referência nas comunidades, o conhecimento do entorno, a circulação e o acesso a diferentes espaços propiciam formas de compartilhar múltiplos ambientes e relacionamento com outras crianças, adolescentes e adultos. Possibilitam ainda a descoberta de novas possibilidades de aprendizagem, em diferentes processos e contextos.
Além da vivência presencial dos territórios e de seu potencial para o desenvolvimento, há ainda a possibilidade de apropriação pelos meios virtuais. Para isso, crianças e adolescentes precisam ter oportunidades de acesso à tecnologia e aprender a usá-la a seu favor e ao de sua comunidade.
Por essa razão, quanto mais puderem se apropriar da cidade como um todo, circulando por ela e conhecendo melhor seus espaços e respectivos potenciais e limites, mais ampliada será a sua visão da vida nela e terão mais recursos para se movimentar no seu contexto e pleitear novas condições de existência, inserindo-se na participação de movimentos sociais organizados.
Conhecer os saberes próprios da comunidade, apropriar-se de sua cultura, circular pelo território e participar da vida publica são condições essenciais ao pleno desenvolvimento de crianças e de adolescentes.
Na prática
Como desenvolver?
1º encontro: Que bairros da cidade conhecemos?
Antes da oficina, consulte o mapa atual da cidade, na internet ou em algum guia, para fazer uma relação de alguns bairros e sua localização na cidade. Pesquise também a existência de algumas escolas e ONGs nessas regiões.
Na roda do dia, converse com os adolescentes e jovens sobre os bairros que conhecem da cidade e bairros que não conhecem, mas sabem que existem. Ajude, citando nomes de bairros que não falaram e que você encontrou na sua pesquisa prévia. Liste num cartaz os bairros citados como conhecidos e em outro cartaz, os desconhecidos. Investigue com eles quais, dentre os que não conhecem, têm mais curiosidade em conhecer.
Proponha que escolham dois dos bairros mais cotados pela curiosidade deles e tentem encontrar alguns interlocutores para trocarem informações sobre as realidades em que vivem e assim, conhecerem outros locais da sua cidade.
Verifique se nesses locais que gostariam de conhecer, alguém da turma tem algum amigo ou parente que esteja estudando em alguma escola ou frequentando alguma ONG, a quem possam fazer o convite de intercâmbio de informações sobre os lugares em que vivem.
E se? Se houver poucas indicações e locais ou não tiverem alguém conhecido lá, indique você mesmo(a) alguns, de preferência, onde tenha alguma escola ou ONG, que possa contatar.
Produza com eles um pequeno texto a ser enviado para a organização (escola ou ONG) escolhida dos dois bairros, contando sobre como chegaram à proposta de intercâmbio e fazendo o convite para uma de suas turmas. Alguém se responsabilizará para enviar o convite por e-mail ou carta para as instituições.
Para adiantar o trabalho, organize a turma em grupos e proponha que comecem a discutir o que consideram importante falar sobre o bairro para os futuros interlocutores: seus pontos fortes, suas fragilidades, suas possibilidades. O que gostariam de mostrar? E como? Por meio de fotos, textos impressos, desenhos, vídeos, entrevistas com moradores, depoimentos das pessoas antigas e novas? De que recursos precisarão?
Dê 30 minutos para discutirem e abra a roda para socializarem as ideias. A seguir, faça com eles um planejamento coletivo da coleta de informações (ver anexo 1) e das tarefas dos grupos.
Observação: Quando obtiverem as respostas das instituições convidadas, marquem uma data para trazerem o material que coletaram sobre o seu bairro.
2º encontro: Organizando o material
Este encontro será dedicado à organização do material que conseguiram: fotos, vídeos, textos com as entrevistas, os depoimentos etc.
Num primeiro momento, os grupos irão organizar suas próprias produções, agrupando os registros de mesma natureza, para selecionar e decidir o que está mais adequado e claro para passar a informação desejada. Em seguida, cuidarão do arranjo estético da produção, de forma a produzir o efeito esperado no interlocutor. Assim, decidirão a composição das fotos, dos vídeos e dos textos, sempre com a preocupação de identificar de que se trata, utilizando legendas e pequenos textos explicativos. Poderão acrescentar músicas e poemas, também.
O segundo momento desta oficina será destinado à apresentação das produções, por cada grupo, para o coletivo da turma, a fim de trocarem impressões sobre elas e decidirem a composição final do trabalho, como um todo. Produza um texto coletivo com eles, apresentando o que foi produzido, com comentários, explicitando as intenções que tiveram e fornecendo as explicações necessárias, para acompanhar o material. Devem colocar ainda no texto as perguntas sobre o que querem saber dos bairros onde vivem os destinatários.
Um novo grupo, formado por representantes dos grupos anteriores, ficará responsável pelo envio do material para as outras instituições, uma de cada um dos dois bairros escolhidos.
3º encontro: O que nossos territórios têm em comum?
Recebidos os materiais dos dois grupos de interlocutores da cidade, é hora de se debruçar sobre eles e verificar as semelhanças e diferenças existentes entre os bairros.
Divida a turma em quatro grupos: dois estudam o material de um bairro e dois do outro bairro, registrando as suas observações a respeito do que têm, do que não têm, de suas belezas e problemas e das dúvidas que surgirem.
Após 45 minutos, abra a roda para a socialização dos registros feitos a respeito dos dois bairros e a seguir, organizem num cartaz as características de cada um deles, para compará-las, a seguir, com as do seu próprio bairro. Para finalizar, oriente a produção de um texto coletivo sobre o que observaram de semelhanças e diferenças entre eles, assim como comentários a respeito e impressões que ficaram.
Hora de avaliar
Realizado o último encontro da oficina, peça que avaliem o que aprenderam com as atividades: trouxeram algum elemento novo em relação ao conhecimento que tinham do bairro? Houve alguma mudança na sua maneira de vê-lo? Como foi o uso das diferentes mídias? Ficaram satisfeitos com o que produziram? As produções mostram a cara do bairro, com clareza? E quanto ao que conheceram dos outros dois bairros? Foi interessante? Eles são muito diferentes?
Em relação ao processo, pergunte se houve dificuldades na execução das tarefas pelo grupo e como resolveram.
Para ampliar
O que mais pode ser feito?
O intercâmbio entre os bairros pode continuar por um tempo maior, enquanto tiverem interesse. Poderão ser organizadas visitas mútuas para conhecimento in loco dos bairros e dos interlocutores.
Referência
Matriz de Avaliação das Ações Socioeducativas do Prêmio Itaú-Unicef 2013.
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