Três mulheres que trabalham em organizações da sociedade civil contam como enfrentam discriminações contra mulheres cis, trans, negras, indígenas, com deficiência, lésbicas e bissexuais, Confira na reportagem do Programa Itaú Social UNICEF
Caroline Bispo é cofundadora e diretora da Associação Elas Existem -Mulheres Encarceradas, uma organização que trabalha em prol das mulheres cis e trans privadas de liberdade no sistema penitenciário e de adolescentes cis e trans do sistema socioeducativo feminino.
Caroline Bispo
É com base nesse seu trabalho que Caroline compartilha da ideia de que, quando os movimentos feministas escolhem como tema a luta “pela vida das mulheres”, é preciso reconhecer que somos muitas, diversas e, portanto, é preciso um olhar interseccional para as lutas.
Isso significa dar cara e corpo a marcadores sociais como raça, etnia, gênero, sexualidade e pessoas com deficiência. Sendo diversas, é com o reconhecimento da diversidade como potência feminina que se combate o machismo.
Caroline é uma de três mulheres a compartilhar ao Programa Itaú Social UNICEF os desafios de enfrentar as discriminações estruturais que atingem as diversas mulheres que trabalham em organizações da sociedade civil (OSC) que promovem educação integral e inclusiva de crianças e adolescentes.
Diante desse cenário, o ponto de partida é refletir sobre as próprias práticas e formar as equipes para a compreensão da diversidade e do enfrentamento às opressões.
Enfrentar o machismo nas OSCs e nas escolas
Para a professora e mestre em educação Débora Almeida de Souza, coordenadora da Comissão de Educação em Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Educação de Vitória/ES, todas as pessoas, inclusive profissionais que se dedicam a enfrentar o machismo e outras opressões, têm que desconstruir percepções e ideias que estão estabelecidas socialmente.
Ela afirma que “é preciso que a escola também olhe para dentro e ressignifique práticas cotidianas que sustentam o pensamento e comportamentos machistas”, e compartilha algumas perguntas, pontos de partida para uma reflexão:
O que as paredes informam e formam sobre o que se compreende por feminino e masculino, como por exemplo símbolos que identificam os banheiros de meninos e meninas?
Como a quadra é compartilhada entre meninos e meninas?
Desde a educação infantil, como são organizados os brinquedos e brincadeiras?
O que é dialogado na sala dos professores sobre os papéis femininos e masculinos?
Débora Almeida de Souza
O contexto atual requer muito compromisso e habilidade por parte da escola no que se refere a inserir o debate de questões de gênero. Diante da proibição desse debate nas escolas e da crescente confusão de associar o debate de gênero à ideologia de gênero, expressão defendida pelo movimento conservador escola sem partido, somos confrontados/as com o alarmante aumento de violências praticadas contra mulheres, população LGBTQIA+ e população negra.”
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