Pesquisa do Porvir traz dados sobre expectativas e proposições de jovens e adolescentes para a escola. Tema tem sido objeto de pesquisas do CENPEC Educação
Gratuita, a plataforma tem o objetivo de servir como um instrumento de escuta para escolas e redes de ensino, via pesquisa, a fim de dar voz ao que jovens e adolescentes querem para sua própria escola e revelar quais suas expectativas sobre o Novo Ensino Médio.
Escola do futuro
A pesquisa ouviu mais de 260 mil estudantes, de 11 a 21 anos, de todo o País. A coleta de dados tem sido feita de forma contínua e não segue padrões de pesquisa de opinião com amostra representativa da população brasileira.
Até o momento, a maior participação foi de estudantes da Região Sudeste (63,5%). A maioria passou a maior parte da vida escolar em escolas públicas (93,9%), tinha de 15 a 17 anos (58%), é formada por meninas (52%) e define-se de cor parda (42%).
Fonte: Porvir.
No campo estrutura escolar e aprendizagem, por exemplo, os entrevistados afirmam aprender mais com a participação em aulas baseadas em tecnologia (23%), com projetos práticos (22%), e assistindo a aulas teóricas (21%).
Além disso, eles valorizam o(a) professor(a) capaz de propor diferentes atividades em sala (29%), o(a) que sabe estimular o aluno a se questionar e a buscar conhecimentos (27%) e o(a) que é acolhedor e tem uma boa relação com os alunos.
Quanto ao que não deve faltar na estrutura física das escolas, chama a atenção o uso da tecnologia, que não deve se restringir ao laboratório de informática (53% das respostas). Além disso, os jovens têm visto como principal papel da escola, segundo a pesquisa, a preparação para vestibulares e para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e, em seguida, a formação para o mercado de trabalho.
Fonte: Porvir.
Jovens e o Novo Ensino Médio
Sobre as mudanças trazidas pelo Novo Ensino Médio, 31% dos alunos gostariam que o aumento de uma hora na carga horária fosse destinado a atividades esportivas, e 41% acreditam que o melhor momento para escolher seu itinerário formativo é durante a matrícula no 1º ano dessa etapa.
Nessa escolha, o que eles mais levariam em conta seriam: a afinidade com a faculdade que querem fazer (24%), seu interesse por um conhecimento específico (21%), a preparação para o Enem/vestibular (19%) e a afinidade com a área em que querem trabalhar (17%).
Fonte: Porvir.
Psicólogos e orientadores
Segundo a pesquisa, na opinião dos jovens, é importante haver psicólogos na escola: 64% dos entrevistados apontaram essa necessidade. Vale destacar que o projeto de lei que garante atendimento por profissionais de psicologia e serviço social aos alunos das escolas públicas da educação básica havia sido integralmente vetado pelo presidente Jair Bolsonaro.
A alegação do Planalto é que a proposta criaria despesas sem indicar fonte de receita e impactos orçamentários. De volta ao Congresso, porém, o veto foi derrubado. A Lei nº 13.935/2019 foi promulgada e publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia último dia 12 de dezembro.
A nova lei determina que equipes multiprofissionais de psicologia e serviço social atendam estudantes dos ensinos fundamental e médio, buscando a melhoria do processo de aprendizagem e das relações entre alunos, professores e a comunidade escolar. O texto também determina que esse trabalho deve considerar o projeto político-pedagógico (PPP) das escolas e das redes públicas. Há um ano para as redes se adequarem à nova lei.
Orientação na
escola
Além de psicólogos, Nossa Escola em (Re)Construção revelou outros profissionais cuja presença no ambiente escolar os jovens consideram importante: 37% dos entrevistados apontaram, por exemplo, a necessidade de orientadores vocacionais ou educacionais; 39% citaram a presença de médica(o) ou outro profissional da área da saúde; e 24%, assistentes sociais. Apenas 13% afirmaram que não são necessários outros profissionais atuando na escola.
Perguntados sobre como gostariam de receber orientações e ajuda para descobrir suas vocações, sonhos e fazer escolhas de vida, 27% responderam preferir conversas durante as aulas normais, 19% gostariam de aulas semanais especiais e 12%, atendimentos individuais de mentoria.
CENPEC Educação e a escuta de adolescentes e jovens
As expectativas, opiniões, crenças e proposições de jovens e educadores para as escolas públicas e, em especial, para o ensino médio, têm sido também objeto de pesquisas e materiais lançados pelo CENPEC Educação.
Confira alguns dos especiais que constam de nosso Portal e que podem contribuir para a discussão a respeito dos itinerários formativos do Novo Ensino Médio e para a educação integral aplicada a essa etapa da educação básica.
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