-
Sua escola está conectada?
Acesse o Mapa da Conectividade na Educação e entenda mais sobre a importância desses dados para garantir acesso à educação durante a pandemia
- Tamara Castro
Por Stephanie Kim Abe
Em tempos de ensino remoto, muitos(as) gestores(as), em algum momento do seu planejamento, podem ter se questionado:
No Mapa Integrado de Conectividade na Educação, é possível encontrar a resposta dessas perguntas para 140 mil escolas públicas, municipais e estaduais, de todo o Brasil. Desenvolvido pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), o mapa interativo reúne bases de dados de diferentes órgãos.
O objetivo é trazer um diagnóstico mais completo da conectividade na educação e apoiar análises mais aprofundadas que embasem a formulação de políticas públicas para solucionar esse desafio em território nacional.
Acesse aqui o Mapa da Conectividade na Educação
Em 27 mil das escolas presentes no Mapa, é possível verificar o desempenho da banda larga, o que permite estimar se ela está adequada ou deficiente. Esse recorte só é possível nas instituições de ensino que possuem o Medidor Educação Conectada, desenvolvido pelo NIC.br para o Ministério da Educação (MEC). As escolas que desejam obter esse dado podem baixar e instalar o medidor através do tutorial encontrado no site Medidor Educação Conectada.
O Mapa possibilita identificar escolas que não têm acesso à rede, qual a tecnologia para conectividade disponível (fibra óptica, satélite, rádio etc.) e comparar diferentes indicadores, como a velocidade de download e upload, se a internet é usada durante atividades pedagógicas ou só pela equipe administrativa da escola, e a qualidade da internet dentro da instituição e nos seus arredores.
Paulo Kuester Neto, analista de projetos do NIC.br e um dos idealizadores do Mapa da Conectividade na Educação, explicou durante o lançamento do material:
Ao entender se o entorno da escola oferta uma qualidade inferior ou superior que a escola, a ferramenta dá a possibilidade de o gestor público entender a sua rede, e poder talvez fazer o upgrade de determinado ponto ou da rede toda. Então ele consegue fazer uma avaliação bastante holística.”
Paulo Kuester Neto
Para Claudio Furtado, secretário de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia da Paraíba, um dos primeiros desafios que os secretários de educação tiveram que enfrentar ao planejar o ensino remoto e o acesso à internet foi a mudança na maneira de tratar o tema da conectividade dentro do órgão.
Antes da pandemia, a questão era vista de forma pontual: como melhorar a conectividade ou a tecnologia dentro da unidade escolar. Com o fechamento das escolas, foi preciso pensar no acesso universal dos(das) alunos(as) às ferramentas educacionais e articular o conhecimento das tecnologias aos(às) professores(as). Ou seja, abordar a questão de uma forma mais entrelaçada:
A conectividade deve ser vista como um elo entre três eixos: infraestrutura, formação da comunidade escolar e currículo e metododologia. Essa tríade seria a garantia do processo de aprendizagem.”
Claudio Furtado
O secretário, que também é membro do Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed), esteve presente no Seminário Internacional Repensando o papel das tecnologias na educação, promovido pelo Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) para o lançamento do Mapa da Conectividade, no dia 30/3. Claudio chamou atenção para a necessidade de um plano nacional que garanta ações em larga escala e olhe para todo o país:
Não adianta um estado ou outro garantir conectividade de forma isolada. Temos que fazer isso em larga escala, com uma política articulada pelo MEC com as secretarias estaduais de educação e as redes municipais. Estamos falando de assistência técnica e financeira que garantam a implementação global de políticas públicas de educação articulada a Ciência e Tecnologia. É sair daquele ‘piloto’ e fazer com que essas políticas sejam de um grande escopo.”
Claudio Furtado
Mesmo pensando no macro, é preciso que esse plano nacional seja implementado também de acordo com diagnósticos locais. Ou seja, que sua execução seja flexível para incluir o mapeamento de soluções diversas que podem funcionar para diferentes e específicas realidades. Se a rede 4G não chega até uma determinada localidade, por que não utilizar o rádio? Por que não fazer uso da internet comunitária ou do sinal da TV?
A rede estadual da Paraíba adotou várias soluções tecnológicas para garantir que todos(as) os(as) estudantes tivessem acesso às atividades escolares durante o ensino remoto. O secretário explicou:
Sabíamos que 70% do estado tem acesso à internet e que grande parte das pessoas tinham acesso à TV digital. Então a TV foi importante, com programação nos sete dias da semana. Utilizamos o rádio para alcançar lugares que você não consegue chegar de forma alguma – e por incrível que pareça, a rádio AM. E complementamos com as plataformas de ensino. Fizemos o monitoramento semanal do engajamento da rede, de quem estava lá na ponta. Se o aluno não tinha acesso a nada disso, ele deveria estar recebendo o material impresso”.
Claudio Furtado
No estudo da Fundação Getúlio Vargas divulgado em fevereiro de 2021 que traz o Índice de Educação à Distância, a Paraíba ficou em primeiro lugar entre todos os estados do Brasil, por adotar um plano de ensino remoto com maior cobertura e com menos demora. O Índice foi construído a partir da análise dos meios e canais utilizados para oferecer as aulas à distância, das formas de acesso (materiais, dispositivos e tecnologia) às aulas e conteúdos, da supervisão e do monitoramento da frequência dos alunos, e do tamanho da cobertura dos programas.
Para que sejam efetivas, essas soluções diversas devem dialogar com os currículos implementados, servindo como suporte para as ações escolares. Para isso, os(as) gestores(as) devem analisar se a rede está preparada para receber os materiais adquiridos e precisam incluir a participação e a formação de docentes para que sejam utilizadas dentro do planejamento pedagógico.
A tecnologia é um meio. Temos que usar a ferramenta digital, a conectividade como uma maneira de garantir engajamento e fazer com que você garanta a aprendizagem. Essa questão faz com que a gente pense muito bem sobre os profissionais que vão atuar na área de TI. Eles têm que estar muito integrados com as ações pedagógicas e ter formação para saber se aquela ferramenta que estão usando leva ao caminho da aprendizagem.”
Claudio Furtado
Conheça aqui experiências inspiradores de letramento digital e professores(as)
Michael Trucano, líder global para Inovação na Educação do Banco Mundial, também participou do Seminário Internacional e compartilhou algumas das experiências e medidas relacionadas à tecnologia adotadas por diferentes países para garantir o acesso à educação durante a pandemia. Como exemplos, citou, entre outros:
Ainda que cada país tenha utilizado diferentes estratégias, há um certo perfil entre aqueles que têm respondido melhor aos desafios que a pandemia trouxe para a educação. De acordo com Michael:
Os países que se saíram melhor foram os que tinham os sistemas de educação mais fortes – o que faz sentido. Quando você abala um sistema, quanto mais forte você é, mais hábil estará para responder à situação. Também os sistemas educacionais de sociedades que já eram mais conectadas tiveram uma vantagem. Não com a conectividade em si, mas com os processos, as pessoas e os procedimentos necessários para provê-la. E, por último, os países que sofreram choques anteriores em seus sistemas e utilizaram a tecnologia em larga escala para responder a eles. Especialmente a China, Cingapura e Malásia, quando do surto de SARS; a Arábia Saudita, com a epidemia de MERS e, na África, Serra Leoa, com os surtos de ebola.”
Michael Trucano
Michael compartilhou ainda os cinco princípios do Banco Mundial com relação à tecnologia de educação:
Ele também citou a possibilidade de aproveitamento dos fundos de universalização dos serviços, que são estabelecidos muitas vezes quando uma empresa de telecomunicação ganha uma licitação. De acordo com Michael, há cerca de 70 bilhões de dólares parados nesses fundos, que poderiam ser utilizados para garantir conectividade nas escolas de todo mundo.
Mês passado, o presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente o Projeto de Lei Conectividade Já (PL 3.477/2020), que previa o uso dos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) e do orçamento da União para assegurar acesso à internet gratuita a alunos(as) e professores(as) da educação básica pública.
Saiba mais sobre o veto ao PL 3.477/20 e as suas consequências aqui
Veja o Seminário na íntegra abaixo:
Informação e formação pelo direito à educação
Para apoiar educadores(as), gestores(as) e redes de ensino neste momento complexo, sistematizamos nossas produções sobre essa temática desde o início da pandemia no Brasil. Confira #EducacaoNaPandemia
CONTEÚDOS RELACIONADOS
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
_GRECAPTCHA | 5 months 27 days | This cookie is set by the Google recaptcha service to identify bots to protect the website against malicious spam attacks. |
ARRAffinity | session | ARRAffinity cookie is set by Azure app service, and allows the service to choose the right instance established by a user to deliver subsequent requests made by that user. |
ARRAffinitySameSite | session | This cookie is set by Windows Azure cloud, and is used for load balancing to make sure the visitor page requests are routed to the same server in any browsing session. |
cookielawinfo-checkbox-advertisement | 1 year | Set by the GDPR Cookie Consent plugin, this cookie is used to record the user consent for the cookies in the "Advertisement" category . |
cookielawinfo-checkbox-analytics | 1 year | Set by the GDPR Cookie Consent plugin, this cookie is used to record the user consent for the cookies in the "Analytics" category . |
cookielawinfo-checkbox-functional | 1 year | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 1 year | Set by the GDPR Cookie Consent plugin, this cookie is used to record the user consent for the cookies in the "Necessary" category . |
cookielawinfo-checkbox-others | 1 year | Set by the GDPR Cookie Consent plugin, this cookie is used to store the user consent for cookies in the category "Others". |
cookielawinfo-checkbox-performance | 1 year | Set by the GDPR Cookie Consent plugin, this cookie is used to store the user consent for cookies in the category "Performance". |
CookieLawInfoConsent | 1 year | Records the default button state of the corresponding category & the status of CCPA. It works only in coordination with the primary cookie. |
PHPSESSID | session | This cookie is native to PHP applications. The cookie is used to store and identify a users' unique session ID for the purpose of managing user session on the website. The cookie is a session cookies and is deleted when all the browser windows are closed. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
_ga | 1 year 1 month 4 days | The _ga cookie, installed by Google Analytics, calculates visitor, session and campaign data and also keeps track of site usage for the site's analytics report. The cookie stores information anonymously and assigns a randomly generated number to recognize unique visitors. |
_ga_* | 1 year 1 month 4 days | Google Analytics sets this cookie to store and count page views. |
_gat_gtag_UA_* | 1 minute | Google Analytics sets this cookie to store a unique user ID. |
_gid | 1 day | Installed by Google Analytics, _gid cookie stores information on how visitors use a website, while also creating an analytics report of the website's performance. Some of the data that are collected include the number of visitors, their source, and the pages they visit anonymously. |
ai_session | 30 minutes | This is a unique anonymous session identifier cookie set by Microsoft Application Insights software to gather statistical usage and telemetry data for apps built on the Azure cloud platform. |
ai_user | 1 year | A unique user identifier cookie, set by Microsoft Application Insights software, that enables counting of the number of users accessing the application over time. |
CONSENT | 2 years | YouTube sets this cookie via embedded youtube-videos and registers anonymous statistical data. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
_fbp | 3 months | This cookie is set by Facebook to display advertisements when either on Facebook or on a digital platform powered by Facebook advertising, after visiting the website. |
test_cookie | 15 minutes | The test_cookie is set by doubleclick.net and is used to determine if the user's browser supports cookies. |
VISITOR_INFO1_LIVE | 5 months 27 days | A cookie set by YouTube to measure bandwidth that determines whether the user gets the new or old player interface. |
YSC | session | YSC cookie is set by Youtube and is used to track the views of embedded videos on Youtube pages. |
yt-remote-connected-devices | never | YouTube sets this cookie to store the video preferences of the user using embedded YouTube video. |
yt-remote-device-id | never | YouTube sets this cookie to store the video preferences of the user using embedded YouTube video. |
yt.innertube::nextId | never | This cookie, set by YouTube, registers a unique ID to store data on what videos from YouTube the user has seen. |
yt.innertube::requests | never | This cookie, set by YouTube, registers a unique ID to store data on what videos from YouTube the user has seen. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
__cflb | 23 hours | This cookie is used by Cloudflare for load balancing.nn |
WFESessionId | session | No description available. |