Educadores de todo o país estão há três meses se adaptando às aulas remotas, com o fechamento das escolas por causa da pandemia de Covid-19. Eles têm aprendido a pesquisar na Internet as ferramentas e recursos que podem dar suporte para a realização das atividades e continuidade ao processo de aprendizagem dos alunos.
Nesse cenário, toda ajuda é necessária. A Secretaria Estadual de Educação de Goiás, por exemplo, disponibilizou em sua página oficial uma série de tutoriais para aulas não presenciais.
O CENPEC Educação garimpou diversos sites e plataformas em busca de outras dicas para ajudar os professores a tirar maior proveito dessas ferramentas on-line.
Antes de tudo, como decidir o que usar?
As possibilidades e ferramentas a serem utilizadas nos ambientes virtuais são muitas, mas antes de qualquer planejamento é preciso diagnosticar as condições de acesso dos seus estudantes.
Se a Internet deles não é muito boa, não vale fazer uma videochamada. Se a maioria deles acessa a Internet pelo celular, é preciso pensar quais ferramentas têm boa usabilidade e quais sites têm boa leitura pelo dispositivo móvel.
No e-bookO uso do celular como recurso nos processos de ensino-aprendizagem, elaborado pelo Prêmio Respostas para o Amanhã, são colocadas algumas realidades que precisam ser levadas em conta e como elas impactam os caminhos que o professor deve seguir para transmitir suas aulas:
Eventualmente, o aluno não tem uma banda larga suficiente para assistir aos vídeos que o professor faça. Nesse caso, o uso apenas do áudio pode facilitar a transmissão de conteúdos. Gravar as aulas que utilizam o vídeo em tempo real é também uma alternativa para os alunos que não têm boas conexões de Internet
Trecho do e-book O uso do celular como recurso nos processos de ensino-aprendizagem
Uma vez realizado esse diagnóstico e escolhida a melhor forma tanto para o educador quanto para os estudantes, é hora de colocar a mão na massa e partir para a ação. Veja abaixo a nossa seleção de tutoriais já publicados na web que trazem ótimas dicas práticas.
Dicas de tutoriais
1. Como gravar vídeos
Independentemente do tipo de vídeo você for gravar, é preciso levar em conta o enquadramento, a iluminação e a qualidade do som. E não precisa ser nenhum operador de câmera ou produtor para garantir que esses três pontos estejam presentes na sua produção.
Neste vídeo do professor Ney Mello para o Canal Futura, com menos de dois minutos de duração, são dadas seis dicas básicas de como gravá-los, considerando os pontos abordados no parágrafo acima:
Nem sempre a imagem do professor falando é a melhor técnica para passar um conteúdo. Há vídeos, por exemplo, que mostram somente a mão sobre uma folha de papel. Essa maneira de gravar é ótima para explicar exercícios no livro, por exemplo, já que o foco é o conteúdo impresso.
O Professor Pinguim, do canal Pinguim Vídeo Física, fez um vídeo explicativo sobre como gravar nesse formato, de maneira bem prática e sem precisar de nada que já não exista em casa. Ele também dá dica de qual aplicativo usar para editar o vídeo, se preciso.
A depender da complexidade do assunto e da forma como você quer transmiti-lo, vale fazer um roteiro.
O roteiro da aula também serve para quem quer fazer uma videochamada ao vivo com os alunos. Na transmissão, é importante garantir um ambiente sem ruídos. Mesmo que seja ao vivo, tenha em mente que a dinâmica não é a mesma da sala de aula. A atenção dos alunos é menor, já que não é presencial, e por isso procure ser mais breve e direto ao ponto.
Em matéria da Nova Escola, a professora de Física Samara Brito, co-fundadora da Amplifica, aconselha que o roteiro da aula on-line ao vivo tenha três momentos: acolhida, desenvolvimento do conteúdo e entrega.
É importante também decidir qual plataforma usar para essas aulas ao vivo. Algumas delas são o Zoom, o Google Meets e o Microsoft Teams. Veja abaixo um tutorial sobre como configurar uma videoaula no Microsoft Teams:
Para quem está dando aulas on-line, a apresentação de slides é uma ferramenta muito importante para se apoiar e organizar o conteúdo que precisa ser oferecido. Uma boa apresentação prende a atenção do aluno e facilita a compreensão do conteúdo ministrado. Uma apresentação ruim pode confundi-lo mais e até dispersá-lo durante a aula.
Algumas regras de ouro sempre foram muito importantes para uma boa apresentação, recurso que também é utilizado nas aulas presenciais: letras em tamanho legível, tópicos e textos curtos, fundos claros e letras escuras.
Se os alunos vão assistir à apresentação pelo celular, é mais importante ainda pensar no tamanho da letra, já que a tela é pequena, e na moderação nas imagens utilizadas.
O PowerPoint, ferramenta mais utilizada para fazer slides, tem muitas funcionalidades que podem ajudar a criar uma aula. No canal do YouTube Sala de Aula .online, Eduardo Gula explica direitinho como é simples fazer uma videoaula com áudio e animação apenas com o PowerPoint.
No canal do YouTube Nespol, o tutorial é mais explicativo, começando desde a escolha do fundo dos slides e a animação das imagens até a conversão do slide para o formato vídeo.
Outra ferramenta para apresentação de slide é o Prezi. Veja dicas das suas funcionalidades e de como utilizá-lo, no blog Hotmart.
Dicas sobre as ferramentas mais utilizadas
1. WhatsApp
Segundo pesquisa divulgada em fevereiro de 2020, do Panorama Mobile Time/Opinion Box, o WhatsApp está instalado em 99% dos celulares brasileiros. Não à toa, tem sido a principal forma de comunicação entre professores e alunos ou familiares neste momento de ensino remoto.
O que poucos sabem é que há muitos recursos do aplicativo que podem facilitar a vida do professor nessa comunicação, como favoritar uma mensagem importante para que ela não se perca na conversa, usar hashtags para encontrar mensagens e garantir que só o administrador do grupo possa mandar algo em determinados momentos.
2. Google Sala de Aula e demais ferramentas Google
O Google Sala de Aula é um serviço da Google que busca facilitar a comunicação entre professores e estudantes. Entre as suas funcionalidades, estão a possibilidade de enviar e programar atividades e materiais, e dar feedback, como notas e comentários, para os alunos.
O professor Felipe Magalhães publicou um tutorial básico para educadores de como utilizar essa sala de aula virtual. Na descrição do vídeo, é possível encontrar a minutagem das partes e ir direto ao tópico que mais lhe interessa.
Vale lembrar que os arquivos trocados ficam guardados no serviço de nuvem Google Drive e as atividades com datas de entrega aparecem no Google Agenda. Também é possível agendar uma aula on-line pelo Google Sala de Aula e já gerar o link para o Google Meets:
O Google Documentos, Google Planilhas, Google Apresentações e Google Formulários também são ferramentas da empresa que permitem a criação de conteúdo de forma colaborativa e simultânea. Elas podem ser utilizadas para realizar atividades, exercícios e questionários dinâmicos construídos por diversos estudantes ao mesmo tempo.
Alguns professores preferem manter a comunicação pelas redes sociais, como o Facebook. Isso porque muitos alunos já estão cadastrados na rede, sabem como utilizá-la e, portanto, têm mais familiaridade com ela.
Entre as suas funcionalidades, o Facebook permite que o professor crie uma lista com os seus alunos (e assim selecione quais conteúdos da sua linha tempo ele quer que os estudantes tenham acesso, mantendo suas postagens pessoais separadas das profissionais) e tenha grupos privados com eles, onde pode compartilhar atividades, textos, vídeos etc.
Nesta matéria da Nova Escola sobre como usar as redes sociais na Educação, há dicas sobre recursos do Facebook e Instagram que podem ajudar os educadores e as escolas.
4. YouTube
Mesmo se os professores não utilizarem o YouTube, os seus alunos com certeza o farão, já que é uma das redes mais populares entre os jovens. Além de subirem os seus próprios vídeos, os educadores podem criar listas de reprodução e playlists para organizar os conteúdos por turma ou assunto, salvar os vídeos que lhes interessam e permitir que os alunos interajam por meio dos comentários.
Mas, de qualquer forma, ninguém é obrigado a criar videoaulas para oferecer o conteúdo. Se a ideia é diversificar utilizando vídeos, é só saber fazer a curadoria do material que já existe na web. O YouTube mesmo está cheio de bons canais de videoaulas – é só saber onde encontrá-los, como no YouTube Edu.
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