Que tal aprender mais sobre as etapas dessa abordagem inovadora e como ela pode contribuir para projetos colaborativos em sala de aula? Saiba mais
Por Stephanie Kim Abe
Fala-se muito em inovação na educação – e a palavra às vezes até assusta. Mas inovar não é necessariamente fazer algo mirabolante. Muitas vezes, pode ser apenas mudar a perspectiva sobre a qual olhamos determinado problema ou questão.
Por exemplo, pensemos na necessidade de se criar um currículo novo de Sociologia para a escola. Por onde começar esse processo? Pensando nas competências e habilidades que precisam ser desenvolvidas nas(os) estudantes de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ou no conteúdo que é esperado dessas(es) alunas(os) em determinados anos?
E se olharmos, em vez disso, para as(os) estudantes primeiro? O que elas(es) precisam compreender, o que está acontecendo no seu entorno e na sua realidade para, então, alinhar esse currículo? Por que não se colocar no lugar da(o) outra(o) na hora de pensar soluções?
Ter esse olhar empático é um dos princípios do design thinking (DT), um processo que é muito utilizado por grandes empresas no desenvolvimento de produtos e soluções com foco em pessoas ou inovações. Mas as escolas também podem se beneficiar dessa abordagem – e muitas o têm feito.
Uma das experiências mais famosas é a da designer Kiran Bir Sethi, que mudou as práticas pedagógicas realizadas na sua escola Riverside School inspirada nessa abordagem e que criou o movimento Design for Change – iniciativa tocada, aqui no Brasil, pelo Instituto Alana com o nome Criativos na Escola.
O design thinking proporciona esse olhar em profundidade para as pessoas, para criar empatia em relação a elas, inspirar-se com elas e compreender suas necessidades e motivações. Ele humaniza o processo de inovação, pois deixa claro que são pessoas criando soluções para pessoas e com pessoas.”
Outros princípios dessa abordagem são colaboração, criatividade e otimismo.
Leandro Holanda, mestre em ciências pela USP e especialista em tecnologias educacionais pela PUC-SP, explica algumas etapas do processo:
Foto: acervo pessoal
A primeira coisa é reconhecer e definir um problema que será abordado e para o qual será desenvolvida uma solução. Depois, realizar o processo de empatia (empatizar) – no qual você tem maiores informações sobre como resolver esse problema. Então vem o idear, que é imaginar como pode ser esse produto; prototipar e, enfim, testar.”
Leandro Holanda
Aprender mais sobre design thinking em projetos colaborativos
É Leandro quem apresentará o webinar Design Thinking em ação, construindo projetos colaborativos, que acontece na próxima quinta-feira (dia 23) de forma exclusiva para as(os) professoras(es) e estudantes inscritos na 9ª edição brasileira do Solve For Tomorrow.
Na ocasião, ele falará mais sobre o tema, além de um conjunto de ferramentas que envolvem estudantes e professores em atividades criativas e colaborativas, para organizar e desenvolver um projeto científico e/ou tecnológico.
Apesar de não ser uma metodologia, o design thinking entra nesse rol de metodologias ativas, que colocam os estudantes no centro da aprendizagem para desenvolver algo. O mais importante não é simplesmente replicar as etapas do design thinking, mas entender que partes desse processo fazem sentido para o professor levar para a sala de aula. Pode ser o uso do Mapa da Empatia ou apenas a prototipagem, ou uma combinação de processos. Tem que ter sentido para a sua prática”, defende.
Leandro Holanda, mestre em ciências pela USP e especialista em tecnologias educacionais pela PUC-SP
Além disso, o especialista reforça como esse processo pode estar ligado às inovações na educação:
“O DT envolve debate, colaboração, criatividade – todas questões importantes para a educação hoje. Temos falado muito sobre o novo currículo, que não é baseado apenas em conteúdo, mas em competências, e essa é uma forma de os professores ajudarem os alunos nesse desenvolvimento”, explica Leandro.
O Solve for Tomorrow estimula estudantes e docentes da rede pública a desenvolverem soluções para demandas locais usando a abordagem STEM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática).
“Como o Solve for Tomorrow incentiva os estudantes a pensarem soluções e desenvolverem algo para atacar os problemas da sua comunidade, há muita sinergia com o design thinking – seja na etapa da empatia para investigar mais a fundo a necessidade dos moradores locais, seja na etapa de prototipagem. Está tudo conectado e o DT pode servir de inspiração”, explica Leandro Holanda.
Podem ser inscritos grupos de 3 a 5 estudantes com um(a) professor(a) orientador(a), que esteja lecionando para os(as) alunos(as) da equipe em disciplinas relacionadas a Ciências da Natureza ou da Matemática e suas Tecnologias de escolas públicas das redes municipais, estaduais e federais.
Os vencedores nacionais ganham aparelhos da Samsung, como smartphone Galaxy da Serie S, notebook, smartwatch e smart TV, e as escolas dos projetos vencedores também são contempladas com duas smart TVs da Samsung. Também há premiações para os semifinalistas e finalistas.
O Solve For Tomorrow é uma iniciativa global da área de cidadania corporativa da Samsung e, no Brasil, tem coordenação geral realizada pelo Cenpec.
Ainda é possível se inscrever, já que as inscrições vão até o dia 18/07!
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