CENPEC Educação integra rede de monitoramento e avaliação sobre tecnologia na escola
Com o objetivo de produzir conhecimento e disseminar dados e pesquisas sobre o tema, a Rede Observatório Tecnologia na Escola (Rede OTec), gerida pelo CEIPE-FGV, reúne mais de 30 entidades de todo o país
Por Stephanie Kim Abe
A partir de julho/2020, o CENPEC Educação passa a integrar a rede do Observatório Tecnologia na Escola (Rede OTec), uma articulação de instituições com experiência em monitoramento e avaliação de políticas educacionais, que buscam promover a produção de conhecimentos sobre o uso de tecnologia na educação.
Ao todo, 32 instituições de todas as regiões do Brasil, entre elas centros de pesquisas, universidades, organizações da sociedade civil, institutos privados, agências multilaterais e instituições governamentais, fazem parte dessa rede.
Produzir, divulgar e compartilhar conhecimento, trabalhar em colaboração e participar da formação de redes são princípios do CENPEC Educação. Como a Rede OTec também se baseia neles, é muito estratégico e importante para nós fazer parte dela, ao lado de outras organizações reconhecidas e comprometidas com essa mesma forma de trabalhar e com aquilo que valorizamos
Anna Helena Altenfelder, Presidente do Conselho de Administração do CENPEC Educação.
O Observatório Tecnologia na Educação faz parte da estratégia de monitoramento e avaliação da Iniciativa BNDES “Educação Conectada – implementação e uso de tecnologias digitais na Educação” (IEC-BNDES). A iniciativa é uma das atribuições do BNDES previstas no Programa de Inovação Educação Conectada (PIEC) do Ministério da Educação (MEC), lançado no final de 2017.
O projeto está trabalhando com 100% da rede estadual e 50% das escolas municipais de 11 municípios distribuídos em seis estados (Tocantins, Paraíba, Sergipe, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul), na perspectiva de modelar e experimentar métodos e estratégias de boas práticas do uso de tecnologias digitais na educação.
“O Observatório tem como objetivo dar transparência, compartilhar aprendizados e ser um espaço para a construção coletiva de conhecimento. Por isso é composto por esse conjunto de instituições que vão acompanhar e analisar os resultados da iniciativa, mas também gerar conhecimento mais amplo e dar visibilidade sobre o uso de tecnologias digitais para a educação”, explica Neiara de Morais, do CEIPE-FGV e pesquisadora do OTec.
O Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (EBAPE) da Fundação Getúlio Vargas (CEIPE-FGV) é a instituição responsável pela criação, manutenção e gestão do OTec.
Por que pensar a tecnologia na educação
Além de potencializar a formação de redes, Anna Helena destaca a relevância do tema da Rede como ponto determinante para o interesse do CENPEC Educação no trabalho realizado pelo IEC-BNDES – principalmente considerando o atual contexto de pandemia.
“A educação remota, o ensino híbrido, todas essas realidades que estão postas trouxeram desafios muito grandes, para os quais muitas vezes temos poucas respostas fundadas em conhecimento científico – e daí a necessidade de produzi-los”, diz.
O Observatório também sentiu os efeitos da pandemia em seus trabalhos, como na necessidade de adaptar cronograma e formações. A equipe conta que, se antes alguns professores estavam céticos em relação à necessidade de falar sobre o assunto, houve uma conscientização geral, de gestão e educadores, de que a formação para o uso da tecnologia na sala de aula é essencial.
O que já era um assunto caro só se tornou mais notável, porque a inserção de tecnologia na educação não é algo muito simples. Não é só você utilizar os mesmos métodos de ensino lançando mão de uma plataforma digital. Existem maneiras de viabilizá-la, e é preciso colocar a tecnologia como um transversal no currículo. Não é só uma questão de infraestrutura, mas também de formação de professor
Patrícia Bizzotto, do CEIPE-FGV e coordenadora do OTec.
Ações para feedback, integração e conexão entre as instituições
Para motivar o engajamento das instituições participantes da Rede, o OTec planeja diferentes ações, como webinários e o lançamento do seu site oficial, programado para entrar no ar no final de agosto/2020.
Desde o primeiro edital de seleção de instituições, que ocorreu no ano passado e selecionou 19 organizações, o OTec já produziu dois webinários. O terceiro, que deve ocorrer nos próximos meses, servirá para apresentar a iniciativa para todas as 32 organizações participantes e explicar os estudos que já estão em andamento e os tipos de resultados gerados, no sentido de colocar todos a par da iniciativa.
Queremos motivar o conhecimento mútuo e o trabalho em parceria, então a ideia é que a Rede seja como um hub, um facilitador entre, por exemplo, a instituição em São Paulo que tem uma capacidade técnica e de financiamento maior e uma organização que tem a vantagem de estar no território, no município. Os webinários devem cumprir esse papel de aumentar o conhecimento sobre cada uma das instituições (linha de pesquisa, perfil dos pesquisadores, ferramentas instrumentais utilizadas) para tentarmos fazer essa conciliação e pensar juntos
Adriana de Queiroz, do CEIPE-FGV e gestora do projeto OTec.
O site deve ter uma área restrita, com os dados primários organizados para uso privilegiado dos pesquisadores da Rede, e uma área aberta, para disseminar a importância do monitoramento e avaliação e divulgar os trabalhos realizados pela Rede.
“Não podemos negar a importância das tecnologias no progresso científico e social, e que a interação com a tecnologia promove novas formas de pensar, sentir e agir no mundo. Ao mesmo tempo, não podemos ser ingênuos e esquecer que ela precisa ser analisada a partir de um viés crítico, no sentido de entender o quanto efetivamente ela está promovendo o desenvolvendo integral e a emancipação dos alunos. Hoje, a conectividade e o acesso às tecnologias são uma questão de direitos e de democracia”, defende Anna Helena Altenfelder.
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