Álbum inédito, fotos, vídeos - até karaokê - e plano de aula são alguns dos muitos conteúdos que compõem o especial do Google Arts & Culture para os 80 anos deste ícone baiano; saiba mais
Por Stephanie Kim Abe
Gilberto Gil dispensa apresentações. Você provavelmente conhece versos como “Aquele abraço!”, “O Rio de Janeiro continua lindo”, “Vamos fugir pra outro lugar, baby” ou “Andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá” — todos de músicas do cantor e compositor baiano.
Ou já estudou a Tropicália, movimento cultural da época da ditadura militar que, na música, significa a mistura de diferentes ritmos — e do qual Gilberto Gil foi um dos pais fundadores.
Ou ainda o viu atuando como Ministro da Cultura entre os anos de 2003 e 2008, época em que buscou dar espaço para a diversidade cultural brasileira e divulgar nossa cultura para o mundo.
Mais recentemente, pode ter visto Gil tomando posse na Academia Brasileira de Letras — ele é o segundo negro entre os imortais, tendo sido eleito em novembro de 2021.
Sempre houve críticas à Academia, que a Casa de Machado não faria jus ao sonho que sonhara ser um dia: todos ali representados por alguns.
Tal ampla representatividade sonhada por Nabuco e demais fundadores jamais fora alcançada de verdade, jamais todos os saberes e sabores.
Eu mesmo, nos meus tempos de aventuras, cheguei a envergar um garboso fardão, vestido então como ironia dura, a fantasia pura da ilusão!
Juntava-me, naquele instante, aos muitos que alfinetavam a Instituição mal sabia eu quais os intuitos, do destino astuto a interrogação.
Um amigo lembrou-me outro dia que as ironias sempre trazem seu revés. papéis trocados, eis aqui, vida vadia: fardão custoso, bordado a ouro, vistoso, me revestindo da cabeça aos pés.
(Poema inédito escrito e lido por Gilberto Gil em seu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, em abril de 2022. Fonte: Google Arts & Culture)
São as novas gerações que provavelmente não conhecem muito de Gilberto Gil. Para elas — e para todas as outras pessoas que queiram se aprofundar mais na sua incrível vida e obra —, o especial O Ritmo de Gil, criado pelo Google Arts & Culture, é um prato cheio e super divertido para quem se encontra nessa inanição.
O especial é uma homenagem ao aniversário de 80 anos do cantor, completos em junho deste ano, e é a maior retrospectiva on-line dedicada a um artista vivo feita pela instituição.
Ao todo, há mais de 40 mil imagens, 700 vídeos e 140 histórias para explorar, divididas em três capítulos: um que se dedica à sua carreira musical, outro que fala sobre seus relacionamentos com amigos e outras inspirações e, por fim, um capítulo que se debruça sobre a sua espiritualidade, sua família e o que mais lhe alimenta a alma.
Dá para mergulhar na infância de Gil, conhecer mais da sua trajetória política, entender o que foi o movimento tropicália e a sua importância, explorar os temas que aparecem com frequência em suas composições (como a herança africana, os diferentes ritmos, a religiosidade), ver como ele e sua família enfrentaram a pandemia de Covid-19 e assistir vídeos de apresentações icônicas — como a apresentação que ele fez na Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU) e que contou com a participação do então Secretário Geral Kofi Annan tocando atabaques em 2003, em Nova York.
Entre os materiais de destaque, está um álbum perdido, gravado por Gil em 1982 e que é disponibilizado pela primeira vez ao público, e uma área em que é possível cantar junto das suas músicas mais famosas por meio de um karaokê.
Para as(os) educadoras(es) que queiram explorar o material em sala de aula, há um plano de aula que traz sugestões de perguntas e abordagens do conteúdo a ser trabalhado em contextos educativos.
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