APC: balanço da formação em Língua Portuguesa e Matemática
Na reta final do Programa Melhoria da Educação: Apoio Pedagógico Complementar, formadoras Patrícia Calheta e Sandra Amorim falam sobre aprendizagem e desafios da formação on-line com os(as) técnicos das secretarias municipais de educação
Por Tamara Castro
A formação aos(às) técnicos(as) das secretarias municipais (SME) que integram o Consórcio Intermunicipal de Gestão Pública Integrada nos Municípios do Baixo Paraíba (Cogiva), envolvidas no Programa Melhoria da Educação: Apoio Pedagógico Complementar, está chegando à sua reta final. Com foco na melhoria da aprendizagem em Língua Portuguesa e Matemática, por meio de atividades de contraturno para estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental, o programa visa combater as dificuldades de aprendizagem nessa etapa escolar.
Desde julho até dezembro, as equipes técnicas estão envolvidas nas reflexões e atividades do módulo Avaliação, que tem como objetivos:
assessorar os(as) gestores(as) escolares na avaliação do plano de ação e da formação de professores de suas redes, bem como na análise dos avanços dos(das) estudantes que subsidiam as decisões sobre a trajetória escolar.
Em relação aos planos de ação das secretarias, a formação inclui a análise das informações que deve considerar o perfil e desempenho dos(das) estudantes para essa tomada de decisão.
Avaliação da formação segundo as mediadoras
Mas como se desenvolveu a formação em relação aos componentes Língua Portuguesa e Matemática? Quais foram as aprendizagens construídas e quais serão os principais desafios das equipes das secretarias na formação docente e na implementação de turmas de estudantes para receberem apoio pedagógico complementar? Confira o que dizem Patrícia Calheta e Sandra Amorim, formadoras e mediadoras de Língua Portuguesa e Matemática no Programa:
Imagem: Reprodução
Na medida em que as equipes técnicas das Secretarias de Educação implementarem os encontros formativos com suas respectivas redes de professores(as), uma questão essencial será o diagnóstico das aprendizagens conquistadas durante o período de ausência de aulas e de realização de atividades remotas. Diante de tais achados, deve-se estabelecer metas de aprendizagem, com vistas a assegurar o direito à aprendizagem para todos(as) os(as) estudantes, mobilizando conhecimentos vinculados a habilidades essenciais
Patrícia Calheta, formadora e mediadora de Língua Portuguesa pelo Programa Melhoria da Educação: Apoio Pedagógico Complementar
Nesse sentido, destaca Sandra Amorim, as atividades avaliativas com caráter formativo, diagnóstico e propositivo são aliadas ao ensino e aprendizagem, devendo ser consideradas como “estratégias permanentes para verificar a aprendizagem dos(das) estudantes e não apenas uma maneira de mensurar conhecimentos”.
Para a especialista, é fundamental a reflexão e ação das equipes técnicas nos seguintes aspectos:
intensificação do trabalho com os(as) docentes a respeito do desenvolvimento de habilidades e competências gerais e específicas, de maneira articulada e contextualizada em situações do cotidiano;
identificação dos(das) estudantes que estarão nas turmas do apoio pedagógico complementar e definição de estratégias para atender esses grupos em cada unidade escolar, considerando suas necessidades e anseios pessoais e educacionais;
promoção de momentos sistemáticos de formação com os(as) docentes que atenderão as turmas de apoio pedagógico. Essas formações devem focar não apenas conteúdos e conceitos específicos das áreas de conhecimento, mas também nas diferentes formas como os(as) estudantes aprendem e revelam os seus saberes.
Aprendizagens construídas na formação
No componente de Língua Portuguesa, “o trabalho com gêneros do discurso, explorado em práticas de linguagem articuladas a diferentes habilidades, tal qual discutimos ao longo das propostas do módulo, poderá auxiliar no planejamento e desenvolvimento de sequências didáticas e projetos, considerando distintas realidades e necessidades locais”, afirma Patrícia.
Já em relação à Matemática, as equipes técnicas dos municípios têm refletindo sobre caminhos e estratégias para alcançar aprendizagens significativas com os(as) estudantes. “Além de refletir, as equipes estão elaborando mapas de habilidades matemáticas, pautas formativas e proposta para formação de professores(as) para o ano de 2021”, revela Sandra.
Desafios, conquistas e aprendizagens
Em razão do contexto de pandemia, a formação, que inicialmente iria acontecer por meio de encontros presenciais e atividades remotas síncronas e assíncronas, foi adaptada ao formato totalmente a distância.
Essa reformulação, que exigiu uma boa dose de flexibilidade, criatividade e dedicação de todos os envolvidos, trouxe grandes desafios. “As equipes técnicas das secretarias de educação dedicaram-se bastante, vencendo os desafios atrelados ao acúmulo de demandas para além do curso, à realização de uma diversidade considerável de atividades, vinculadas a quatro módulos de conteúdo e, ainda, à qualidade de conexão à Internet. O saldo é bastante positivo!”, comemora Patrícia Calheta.
Além disso, foi necessário pensar a articulação entre essas atividades e “as ações desenvolvidas cotidianamente com os(as) coordenadores(as) e professores(as) das redes e perceber uma nova maneira de se ensinar e aprender Matemática”, observa Sandra Amorim.
Imagem: Arquivo Pessoal
Nesse sentido, o processo de aprendizagem construído por meio da formação remota mostrou-se inovador, dinâmico e adequado às necessidades das redes municipais. Além da formação específica de conceitos e conteúdos, os(as) técnicos(as) das secretarias tiveram momentos de reflexão e de ação sobre como apoiar os(as) docentes na difícil tarefa de promover educação com qualidade em tempos de pandemia e sobre a importância de bons instrumentos de avaliação, planejamento, entre outros, para atingir e traçar novos objetivos
Sandra Amorim, formadora e mediadora de Matemática pelo Programa Melhoria da Educação: Apoio Pedagógico Complementar
Em um olhar retrospectivo, Sandra identifica as seguintes conquistas com as equipes das secretarias:
“participação ativa no ensino e aprendizagem dos(as) estudantes e dos(as) docentes;
relação entre as atividades propostas no curso e o que é executado nas salas de aula, implicações de uma boa organização para atingir objetivos/ metas;
compreensão da necessidade de propor atividades que convidam o(a) estudante à ação e procedimentos para promover situações potentes de ensino e aprendizagem, ter escuta ativa para as necessidades dos (as) estudantes e docentes e perceber que todos(as) os(as) estudantes e professores(as) podem aprender Matemática.
Por sua vez, no módulo de Língua Portuguesa, Patrícia destaca que os(as) participantes avançaram “na compreensão sobre o trabalho com gêneros discursivos, alfabetização e (multi)letramento, ampliando o repertório tanto de questões teórico-metodológicas quanto de práticas pedagógicas marcadas pela valorização dos saberes de estudantes e pela proposição de atividades que possam favorecer o progresso na aprendizagem para as crianças com distorção idade-ano”.
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