Novo ministro assume MEC em meio a crise

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Novo ministro assume MEC em meio a crise

Abraham Weintraub substitui Vélez Rodríguez após gestão marcada por polêmicas. Mônica Gardelli Franco e outros especialistas em educação comentam desafios

Os desafios que Abraham Weintraub, empossado esta semana pelo presidente Jair Bolsonaro, deve enfrentar no Ministério da Educação (MEC) foram destaque do Jornal das 10, da GloboNews, na noite de ontem (08). O programa contou com análises de Mônica Gardelli Franco, diretora-executiva do CENPEC e de outros especialistas em educação. Assista ao vídeo.

Fundeb, formação docente e equipe de trabalho

“Temos um universo de 50 milhões de estudantes que dependem […] direta ou indiretamente do Ministério da Educação. Ele [Weintraub] precisa olhar para a discussão do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação], que é urgente, e colaborar para que o novo Fundeb seja aprovado”, disse Mônica Gardelli.

Para Camila Pereira, diretora de educação da Fundação Lemann, “muitos atores do setor, que vêm trabalhando em educação, têm prioridades claras, como, por exemplo, a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a formação dos professores no Brasil […], a discussão do novo Fundeb, que vai garantir financiamento para a educação básica pelos próximos anos”.

A escolha de Abraham Weintraub foi vista com surpresa pelos especialistas. “Eu mesma não o conhecia, não tenho referências dele no quesito educação”, comentou Mônica.

Segundo Olavo Nogueira Filho, diretor de políticas educacionais do Todos pela Educação, há um histórico positivo de ministros vindos de outras áreas: “Já tivemos experiência no Ministério da Educação em que ministros que não são da área conseguiram avançar uma agenda importante […]. O fator-chave nessa situação é a montagem da equipe”.