Especial Ortografia reflexiva: Caminhos entre letras e sons

Midiateca - Outros Materiais


Midiateca - dicas de materiais para ampliar os estudos em Ortografia

Oralidade, variedades linguísticas e interferência na escrita

Especial multimídia Oralidades, da Plataforma do Letramento

Neste material, elaborado com a assessoria de Carlos Alberto Faraco, linguista e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a variedade linguística se apresenta por meio de um mapa com vídeos enviados por pessoas de diferentes regiões do Brasil e de outros países falantes de português. Há ainda vídeos e textos com enfoques teóricos e práticos, dando dicas sobre como trabalhar oralidade na escola, além de uma rica midiateca sobre o tema.
Navegue pelo mapa colaborativo! https://cenpec.org.br/acervo-especial/726/navegar-pela-diversidade-de-nossa-lingua-e-preciso.html



BAGNO, Marcos. A língua de Eulália: novela sociolinguística. 15 ed. São Paulo: Contexto, 2006.

Defendendo a existência de uma pluralidade de normas linguísticas dentro do universo da língua portuguesa, o sociolinguista Marcos Bagno argumenta que falar diferente não é falar errado e o que pode parecer erro no português não padrão tem uma explicação lógica, científica (linguística, histórica, sociológica e psicológica).
Para explicar essa problemática, o autor nos conta uma história envolvendo Emília, Sílvia e Vera, três estudantes universitárias que vão passar as férias na chácara de Irene, uma professora universitária aposentada. Muito dedicada, Irene se reúne todos os dias com as jovens, transformando suas férias numa espécie de atualização pedagógica, em que as estudantes, que também são professoras, reciclam seus conhecimentos sobre nosso idioma.
Disponível em: http://ufba2011.com/A%20L%C3%8DNGUA%20DE%20EUL%C3%81LIA%20-%20Marcos%20Bagno.pdf. Acesso em maio 2015.



CENTRO de Estudos em Educação e Linguagem (CEEL)/Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Fala e escrita (vídeo).

Neste programa, organizado em três partes, os especialistas Luiz Antônio Marcuschi e Angela Dionisio (Ceel/UFPE) tratam das relações entre fala e escrita, oralidade e letramento. O debate gira em torno de como a oralidade é desvalorizada em sociedades, em que a escrita ganha um espaço cada vez mais central. No entanto, como defendem os especialistas, trata-se de duas modalidades linguística coexistentes, com características linguísticas distintas que devem ser devidamente trabalhadas na escola e na universidade. Assista.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XOzoVHyiDew. Acesso em maio 2015.



Relações entre grafemas e fonemas

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o bá-bé-bi-bó-bu. São Paulo: Scipione, 1998.

O professor Luiz Carlos Cagliari analisa os métodos de alfabetização que, desde obras do século XVI até algumas abordagens baseadas no construtivismo, organizam-se em torno de um ponto central: o estudo das sílabas. Em seguida, propõe uma nova maneira de alfabetizar. De acordo com esse método, o segredo é saber ler, e o aluno precisa conhecer a categorização gráfica e funcional das letras. Entre os conteúdos trabalhados na obra, encontram-se: produção de textos com escrita espontânea, alfabeto, erro, ditado, cópia, leitura, interpretação de textos, métodos de alfabetização, estudo das letras, linguagem oral e linguagem escrita e ortografia. Os conteúdos são acompanhados de suporte técnico para aplicação do que é sugerido, com exemplos e comentários.



FARACO, Carlos Alberto. Linguagem escrita e alfabetização. São Paulo: Contexto, 2012.

Esta obra nasceu da interlocução de seu autor, o linguista Carlos Alberto Faraco, com professores alfabetizadores. Dirigindo-se a esse público, procura fornecer uma série de elementos a serem mobilizados na prática docente. Como afirma o autor, o objetivo do livro é “descrever, em linguagem não técnica, as características do sistema gráfico do português: fazer uma apresentação panorâmica desse sistema para que o alfabetizador possa organizar com autonomia suas atividades didático-pedagógicas de sistematização desse saber, possa interpretar as dificuldades ortográficas de seus alunos e possa conduzir adequadamente sua superação”.



Regularidades morfológicas

INSTITUTO ANTÔNIO HOUAISS. Dicionário Eletrônico Houaiss de elementos mórficos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.

Empregando técnicas lexicográficas de compressão e síntese de informações, este dicionário contém 442 mil entradas, locuções e acepções, um quadro do uso do hífen de acordo com a nova ortografia da língua portuguesa, informações de gramática, usos, etimologias, sinônimos, antônimos, homônimos, parônimos, datação, coletivos e vozes de animais. Traz o texto integral do novo acordo ortográfico (Decreto nº 6.583/2008) e encontra-se adaptado integralmente à nova ortografia.



BASÍLIO, Margarida. Teoria lexical. São Paulo: Ática, 1998.

Esta obra examina a formação de palavras no português e orienta o leitor no estudo dos principais pontos da teoria lexical, trazendo exemplos. A autora explica como se formam as palavras e discorre a respeito da diversidade de situações de suas formas e significados, além de apresentar os critérios para a definição de classes de palavras e as diferenças entre a língua escrita e a língua falada.





GONÇALVES, Carlos Alexandre. Iniciação aos estudos morfológicos: flexão e derivação em português. São Paulo: Contexto, 2011.

O que nos faz considerar "peixe" e "peixada" itens lexicais diferentes ou "peixes" uma modificação gramatical de "peixe"? Em que circunstâncias o acréscimo de um afixo amplia o vocabulário de uma língua? Este livro aborda essas e outras questões, relativas a flexão e derivação. Carlos Alexandre Gonçalves, pós-doutor em morfologia-fonologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), discute as várias posições dessa problemática; desde as que defendem uma rígida separação entre flexão e derivação até as que negam a existência de fronteiras entre elas.
A obra é destinada a alunos de graduação e pós-graduação em Letras e para professores de português, as análises. Acesse alguns trechos do livro.
Disponível em: http://editoracontexto.com.br/autores/carlos-alexandre-goncalves/iniciacao-aos-estudos-morfologicos.html



Ensino reflexivo da ortografia

Bate-papo virtual com Maria José Nóbrega: como ensinar ortografia de forma reflexiva?, na Plataforma do Letramento

Qual é a importância de ensinar ortografia em uma proposta de alfabetizar letrando? De que forma articular escrita e oralidade em turmas caracterizadas pela diversidade sociocultural? E como promover uma aprendizagem criativa e reflexiva sobre as regularidades e irregularidades de nosso sistema ortográfico? Quais princípios e práticas os professores podem adotar para isso? Essas e outras questões pertinentes ao ensino da ortografia em sala de aula são discutidas pela especialista Maria José Nóbrega, convidada pela Plataforma do Letramento para este bate-papo virtual. Assista.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Tl-A7rePCG4. Acesso em maio 2015.



NÓBREGA, Maria José. Ortografia. São Paulo: Melhoramentos, 2013. (Coleção Como eu ensino.)

Esta obra, voltada prioritariamente aos professores de alfabetização, defende um ensino reflexivo da ortografia. Para isso, torna-se necessário conhecer as regularidades do sistema, priorizando a compreensão do sistema ortográfico em vez da memorização. Assim, o foco desloca-se para o aprendiz, com o propósito de saber como ele aprende a escrever corretamente, reconhecendo o pensamento por trás do erro, isto é, as hipóteses que a criança tem a respeito de como se grafam as palavras. Após apresentar alguns princípios para nortear o docente em relação à progressão dos conteúdos ortográficos ao longo do Ensino Fundamental, a autora sugere atividades de descoberta, de sistematização e de aplicação em operações de produção de textos. A obra se encerra com algumas palavras sobre avaliação.



MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. São Paulo: Ática, 1998.

“Devo corrigir os textos espontâneos dos meus alunos?”, “Devo considerar os erros na hora de avaliá-los?”, “Como ensinar ortografia sem recorrer aos exercícios tradicionais?” Em resposta a tais questões, recorrentes entre professores de língua portuguesa, Artur Gomes de Morais, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) propõe um enfoque construtivista para o ensino de ortografia. A obra se propõe a ajudar o professor a distinguir quais aspectos da norma ortográfica os alunos podem aprender por meio da compreensão e quais eles precisam memorizar. Para isso, o autor apresenta e discute princípios e encaminhamentos didáticos que levam o estudante a aprender ortografia de forma reflexiva.



______; SILVA, Alexsandro da; MELO, Kátia Leal Reis de (Org.). Ortografia na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

O objetivo desta coletânea de artigos é tecer considerações sobre o ensino e a aprendizagem da ortografia na sala de aula. Com base na constatação de que, apesar de importantes mudanças na prática escolar e novos posicionamentos entre os profissionais da educação, ensinar ortografia continua sendo um grande desafio para os professores, por se tratar de uma das principais dificuldades no período pós-alfabetização, do ponto de vista dos alunos. Segundo pesquisas, ainda predomina o ensino calcado numa perspectiva mecanicista, ao mesmo tempo que a aprendizagem desse conteúdo tem constituído lugar comum entre as queixas docentes. Entretanto, estudos realizados em diferentes línguas evidenciam que a aprendizagem da ortografia não pode ser calcada fundamentalmente na memória, pois se trata de processo complexo, no qual têm um papel importante não só as características do objeto de conhecimento, a norma ortográfica, como também aquelas ligadas ao aprendiz, sejam estas as suas habilidades, sejam estas as oportunidades de exposição
à norma-padrão da escrita.
Disponível em: http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/25.pdf. Acesso em: maio 2015.



SÃO PAULO (SP). SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. DIRETORIA DE ORIENTAÇÃO TÉCNICA. Recuperação Língua Portuguesa – Aprender os padrões da linguagem escrita de modo reflexivo. São Paulo: SME/ DOT, 2011.

- Unidade I – Reflexão sobre o Sistema de Escrita (livro do professor). Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/... Acesso em: abril 2015.
- Unidade II – Palavra cantada (livro do professor). Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/.... Acesso em: abril 2015.
- Unidade III – Palavra dialogada (livro do professor). Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed.... Acesso em: abril 2015.
- Unidade IV – Você sabia? (livro do professor). Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Do.... Acesso em: abril 2015.

Este material foi organizado para favorecer a autonomia docente e apoiar suas ações com os alunos que ainda não construíram o seu conhecimento sobre o sistema de escrita alfabética. Os autores consideram que é função da escola e papel do professor recuperar as aprendizagens dos alunos, planejar e propor boas situações de aprendizagens para que todos os alunos possam se tornar usuários competentes da leitura e da escrita, e dar sequência a sua vida estudantil com sucesso.



Segmentação de palavras

ABAURREI, Maria Bernadete Marques; SILVA, Ademar da. O desenvolvimento de critérios de segmentação na escrita. Periódicos Eletrônicos em Psicologia − Pepsic.

Este artigo se debruça sobre as relações entre oralidade e escrita e sua influência nos possíveis critérios, utilizados pelas crianças em fase inicial de alfabetização, para a colocação de espaços em branco entre sequências de letras (segmentação). Os autores fazem um breve levantamento de trabalhos que tratam da segmentação na fala e na escrita, buscando dados experimentais ou naturalísticos que conduzam a caminhos teoricamente mais produtivos.
Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X1993000100011. Acesso em: maio 2015.



SILVA, Ademar da. Músicas infantis e a representação que a criança faz da linguagem/escrita. In: ASSOCIAÇÃO DE LEITURA DO BRASIL (ALB). Anais do 16º Congresso de Leitura do Brasil (Cole). Campinas (SP): Unicamp, 10 a 13 jul. 2007.

Neste artigo, o autor, professor do Departamento de Metodologia de Ensino, no Centro de Educação e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), examina textos, resultantes da atividade de escrita de letras de músicas infantis, produzidos por pré-escolares, para verificar até que ponto as propostas de segmentação da palavra escrita variavam, em contexto delimitado por frases musicais cantadas. Os dados revelam que cada criança resolve de forma singular seus problemas imediatos de segmentação da escrita, evidenciando a individualidade dos aprendizes nesse processo.
Disponível em: http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem10pdf/sm10ss13_05.pdf. Acesso em: maio 2015.