Eliane Brum: a leitura e a escrita como espaço de escuta

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Eliane Brum: a leitura e a escrita como espaço de escuta

Entrevista com a escritora e jornalista Eliane Brum, publicada pela Plataforma do Letramento em 2013

Eliane Brum se tornou referência no jornalismo brasileiro. Seus textos se destacam tanto pela profundidade da investigação como pelo teor literário. Em suas crônicas, entrevistas, ensaios, os dados e fatos se mostram como ponto de partida para refletir sobre as questões políticas e sociais de que tratam. Mais do que informações, sua escrita tece histórias, revelando o valor das diferentes experiências de vida de cada um.

Nesta entrevista em áudio, realizada em 2013 por ocasião do Seminário nacional Olimpíada em Rede (Programa Escrevendo o Futuro/CENPEC), Eliane Brum defende o papel humanizador da leitura e da escrita ao possibilitar a revelação das singularidades. Em seu ofício de “escutadeira e contadora de histórias”, a jornalista destaca a importância da escuta do outro e de si mesmo ao transpor as histórias pessoais para a palavra escrita, preservando a oralidade, o ritmo e o sabor da fala de seus interlocutores.

Entrevista com Eliane |Brum, CENPEC, dezembro de 2013

A escritora também defende a importância de a escola acolher as diversidades, reconhecer-lhes o valor e promover o diálogo entre elas. Entendendo a narrativa como uma forma de cada um criar sentido para a vida, a autora afirma: “Nossa vida é nossa primeira ficção”.

Sobre Eliane Brum

Eliane Brum

Jornalista, escritora e documentarista, Eliane Brum nasceu em Ijuí, no Rio Grande do Sul. Formada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), atuou 11 anos no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, e, de 2000 a 2013, foi repórter especial da revista Época, em São Paulo, onde também manteve uma coluna semanal até 2013. Atualmente, é colunista do jornal El País.

No gênero reportagem, estreou em 1994 com o livro Coluna Prestes – O avesso da lenda (Porto Alegre: Artes e Ofícios) – no qual refez o trajeto da Coluna Prestes 25 anos depois e entrevistou remanescentes dos dois lados do conflito –, o que lhe rendeu o prêmio Açorianos de Literatura, como autora revelação. Posteriormente, publicou A vida que ninguém vê (Porto Alegre: Arquipélago, 2006), vencedor do Prêmio Jabuti 2007, e O olho da rua (Rio de Janeiro: Globo, 2008). Em 2013, publicou A menina quebrada (Porto Alegre: Arquipélago Editorial), uma coletânea de seus textos para a coluna na Época. Em 2011, escreveu o romance Uma duas (São Paulo: LeYa), sobre a relação mãe e filha. Como documentarista, estreou em 2006 com o curta Uma História Severina – contemplado com oito prêmios – e, em 2008, lançou Gretchen Filme Estrada.

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