Como entrelaçar os conhecimentos teóricos e práticos das famílias e das escolas para garantir o direito de aprender de nossos meninos e meninas?
Com essa pergunta geradora, a publicação que agora disponibilizamos conta a experiência de desenvolver encontros com famílias moradoras de Barreiro, periferia de Belo Horizonte (MG), para compartilhar olhares e saberes sobre a educação em articulação com as histórias de vida.
O livro, publicado em 2008, é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Educação de Belo Horizonte, o Itaú Social e o CENPEC Educação. Por meio de oficinas realizadas naquele território, foram travados diálogos entre as escolas e as famílias da comunidade. O objetivo foi desvendar e ressaltar as possibilidades de aprendizagem em diferentes espaços.
Os temas das oficinas foram organizados em três módulos:
Os sentidos da aprendizagem: discussões sobre língua portuguesa, matemática e arte;
O cotidiano escolar e os diferentes espaços de aprendizagem: pesquisa e discussão sobre os espaços da escola e da comunidade, e seu uso no trabalho com os alunos;
Produção de textos: construção de textos sugerindo possibilidades para que escolas, famílias e comunidades se juntem na luta pela melhoria da aprendizagem dos meninos e meninas.
A voz das famílias (página interna). Imagem: Acervo CENPEC Educação.
A opção por estudar com as famílias questões centrais relacionadas à educação perpassa três ideias:
Toda pessoa pode avançar em sua aprendizagem, independentemente de seus pontos de partida, ou seja, da distância em que se encontram seus saberes e determinado objeto do conhecimento.
“As pessoas sabem o que querem, mas também querem o que não sabem.”
A apropriação de determinados conteúdos e de aspectos da cultura escolar permite às famílias entradas mais qualificadas nas discussões.
CENPEC; Fundação Itaú Social; Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. A voz das famílias e a escola: com a palavra as famílias. São Paulo; Belo Horizonte, 2008.